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Mesmo precisando vencer a final de 2004 no Maracanã, Péricles Chamusca fez o Santo André segurar o jogo no primeiro tempo | Antonio More / Gazeta do Povo
Mesmo precisando vencer a final de 2004 no Maracanã, Péricles Chamusca fez o Santo André segurar o jogo no primeiro tempo| Foto: Antonio More / Gazeta do Povo

Foi a típica história de Davi batendo o gigante Golias: na final de Copa do Brasil de 2004, o pequeno Santo André surpreendeu o Flamengo, em pleno Maracanã, calando 72 mil torcedores ao vencer o segundo jogo por 2 a 0.

À época, o time paulista estava na Série B nacional, e, no comando da equipe, a partir das quartas de final, contava com Pé­­ricles Chamusca, dispensado do Co­­ritiba há dez dias. Em 2002, ele havia chegado à final pelo Brasiliense, perdendo o título para o Corinthians.

"Assim como o Atlético, precisávamos ganhar do Fla­­­­­­­­­­­­­­­mengo no segundo jogo. Mas nossa situação era mais complicada, porque tínhamos empatado em casa por 2 a 2. A principal estratégia foi segurar o jogo no primeiro tempo, mesmo precisando do resultado. Assim como o Atlético, nosso grupo não tinha jogadores famosos, mas era determinado, tinha força na marcação, qualidade de posse de bola e na bola parada", comparou.

Chamusca lembra que o Santo André conseguiu segurar o primeiro tempo (0 a 0) e forçar na segunda etapa, apostando no fôlego da equipe. "Tínhamos uma condição física muito boa e adotamos uma postura ofensiva. Abrimos o placar [aos 7 minutos, com Sandro Gaúcho] e conseguimos uma supremacia em campo [venceram a partida por 2 a 0. O segundo gol foi marcado por Elvis].

O Flamengo tinha o [meia] Felipe, mas sabíamos que ele costumava cair de rendimento a partir dos 70 minutos e foi o que aconteceu", relembra o treinador, que naquela partida cumpria suspensão e acompanhou a decisão de uma das cabines do estádio. As orientações foram repassadas ao seu auxiliar, Sérgio Soares.

Para fazer a estratégia funcionar, Chamusca e a comissão técnica investiram em estratégias para aumentar a confiança do elenco.

"Usamos muitos vídeos que falavam de superação. Passei um vídeo sobre as Paralimpíadas, que até hoje os jogadores lembram, outro sobre a vida do Ayrton Senna. Sempre temas que mostrassem perfis vencedores, de quem acredita até o fim. Eu tinha uma vantagem sobre o elenco que o Mancini não tem hoje: eu tinha mais jogadores experientes naquela final, o Dedimar, o Romerito, o Ramalho. O Atlético tem só o Paulo Baier", alerta.

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