A chapa Atlético de Novo, que confirmou oficialmente o apoio do ex-atacante Paulo Rink, cogita uma ação judicial para barrar a instalação da grama sintética na Arena da Baixada caso vença a eleição do clube no dia 12 de dezembro. A posição do grupo foi exposta nesta quinta-feira (26), em entrevista coletiva, pelo candidato ao Conselho Deliberativo Henrique Gaede.
A justificativa é que tal decisão não poderia ser tomada tão próxima do pleito. “Estamos analisando juridicamente, inclusive, se é possível interromper esse pré-contrato que está sendo feito porque isso pode ocasionar algumas questões até de continuidade”, falou Gaede.
“É prematuro. Pode ser que daqui a alguns meses cheguemos à conclusão de que a grama é boa, mas temos de aumentar o debate”, completou o advogado.
O acordo com a fabricante italiana Italgreen e com a instaladora portuguesa Global Stadium foi assinado no dia 30 de outubro pelo presidente Mario Celso Petraglia. O piso seria trocado em 60 dias, começando no dia 15 de dezembro.
- Chapa do ex-presidente Farinhaki desiste da eleição do Atlético, mas segue na oposição a Petraglia
- Pai de torcedores do Atlético, Ratinho declara em seu programa apoio à continuidade de Petraglia no comando
- Agitador político, Doático assume a linha de frente de Petraglia na eleição do Atlético
- Herança bendita ou maldita? Petraglia antecipa projetos de 2016. Confira alguns
Rink, que abriu mão de sua chapa para formar uma única ala de oposição na eleição já que o grupo Movimento Atleticano desistiu da disputa, também bateu na mesma questão. O vereador, que garantiu que não exigiu nenhum cargo para formar a aliança, acredita que o contrato, da maneira que foi feito, prejudica o clube.
“O momento é totalmente inapropriado, momento de eleição, assinar o contrato. Vão desmontar o campo três dias depois da eleição. E se [a situação] perde? Fica mais um passivo, e a chance é grande de perder, para o clube resolver”, disparou o ex-jogador, que ainda levantou dúvidas quanto à necessidade de trocar o gramado após cada temporada.
“Não é justo você fazer um contrato em final de mandato e ainda por cima sem consultar o Conselho”, emendou o candidato ao Conselho Administrativo João Alfredo Costa Filho.