O jogo
A partida começou muito truncada no meio de campo, com leve vantagem para o Atlético. Na segunda etapa, o Paraná melhorou e criou mais chances. Aos 23 minutos, Anderson fez o gol da vitória. Depois, o Rubro-Negro não teve forças para chegar ao empate.
O torcedor do Paraná enfim pôde tirar o grito de vitória da garganta que estava entalado havia quase cinco anos. O incômodo jejum diante do Atlético contabilizava oito derrotas e um empate este na última rodada da Série B do ano passado. Marca que foi por água abaixo na tarde de ontem depois que o Tricolor bateu o Rubro-Negro por 1 a 0, no Ecoestádio. Resultado que deixa o Tricolor na cola do líder Londrina e joga o rival para a parte inferior da tabela.
De certa forma, o time da Vila Capanema havia entrado no clássico como favorito depois de muito tempo. O favoritismo, porém, não foi confirmado com facilidade, mesmo com o descompromissado sub-23 atleticano do outro lado. O placar magro foi garantido pelo zagueiro Anderson, aos 23 minutos da etapa final, de cabeça, após cobrança de falta na medida de Lúcio Flávio.
"Era uma partida-chave, apesar de ainda estarmos na terceira rodada. Mas agora temos dois jogos difíceis em sequência que precisamos vencer", pontuou o técnico tricolor, Toninho Cecílio, já pensando no confronto com o Londrina (quarta-feira, às 19h30) e no clássico com o Coritiba (domingo).
Mesmo assim, ele já coloca o Paraná na briga pelo título do turno. "Não podemos pensar que é cedo. Cada jogo realmente é uma decisão para nós. Estamos em processo de reconstrução e mesmo assim estamos brigando pelas primeiras posições, apesar de muitas dificuldades", completou.
O Tricolor segue invicto duas vitórias e um empate e divide a vice-liderança com o Coxa, com sete pontos, dois a menos que o Tubarão. Se quiser pensar em título, o embate com o líder é fundamental. Por isso o zagueiro Alex Alves prega triunfo a qualquer preço. "Agora o nosso objetivo é caçar o líder. Por isso temos de entrar em campo na quarta-feira para vencer de qualquer jeito", comentou.
Do lado atleticano, a situação é bem diferente e começa a se complicar no que diz respeito à luta pelo título. Com apenas dois pontos, é o 8.º na classificação está a sete do líder. Pior que isso, o time sub-23 até agora não mostrou que pode ser capaz de fazer mais do que foi feito até o momento.
A pressão por resultados está pesando nos ombros do técnico Arthur Bernardes, que não tem agradado a torcida. Os atleticanos reclamam das substituições feitas pelo treinador. Ontem, quando Zezinho, o melhor em campo, foi substituído, a arquibancada despejou vaias e gritos de "burro" para Bernardes.
"O Atlético precisa melhorar e isso tem de ser rápido, porque já passaram três jogos. Se caso não melhorar logo, vai ficar difícil", comentou o torcedor rubro-negro Alexandre Lange, 26 anos. Com o clube fechado e sem dar entrevista, cabe à torcida o papel de porta-voz do atual momento rubro-negro.
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