Em ascensão, o Paraná enfrenta o Atlético hoje, às 16 horas, na Vila Capanema, pelas quartas de final o empate basta para levar o Tricolor às semifinais do PR-2014. Mas para chegar até aqui como favorito do clássico não foi tão simples. A caminhada não seguiu exatamente uma linha ascendente pura e simples. Foram 13 jogos de um sobe e desce dentro e fora de campo.
INFOGRÁFICO: Confira a campanha do Paraná no Paranaense através da montanha russa Tricolor
O ano começou bem com uma vitória sobre o Cianorte. Depois vieram três derrotas que quase custaram o emprego do técnico Milton Mendes. Voltou a subir, mas ficou cambaleando entre um empate e outro, ameaçado de ficar de fora da fase de mata-mata. O time então cresceu, chegando ao auge e à ponta da competição na última rodada da primeira fase ao bater o Furacão por 4 a 0 antes de voltar a vencer o rival por 2 a 1 na partida de ida das quartas de final. Hoje à tarde, com apenas paranistas nas arquibancadas do Durival Britto, não pode perder por dois gols de diferença se cair por placar mínimo, pênaltis.
"Passamos do momento de construção e assimilação. E agora, nesse período de execução, a equipe está, sem dúvida, evoluindo. É o momento em que [os jogadores] estão assimilando melhor o que desejo que aconteça dentro de campo", comemora Mendes.
Essa estabilidade enche o elenco de motivação para avançar às semifinais. O treinador só pede cuidado para esse bom momento não se transformar em armadilha. "A motivação pode virar soberba e aí os problemas aparecem".
Se dentro de campo vai tudo bem, a situação é outra nos bastidores. Às vésperas do clássico, os problemas de salários atrasados voltaram a assombrar o Tricolor.
"Isso nos preocupa porque o tempo passa e as coisas não se definem", contou o volante Ricardo Conceição. Em protesto, ontem o elenco não treinou e não se concentrou. Nada, porém, que influencie em campo. Ainda. "Nosso foco está dentro de campo. Isso não vai nos abater. Vamos continuar brigando e honrando a camisa", concluiu.
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