Dois modos opostos de encarar o Paranaense se encontram hoje, às 16 horas, na Vila Capanema. O Paraná pôs foco total no torneio e com seu time principal faz campanha irregular. Já o Atlético, que despreza o campeonato e escala seu time sub-23, repete a evolução tardia da última temporada.
Previamente classificados para o mata-mata, os rivais decidem se houver vencedor quem leva a vantagem do mando de campo para a fase final e testam, mais uma vez, as estratégias para esta edição do Estadual.
Quarto colocado, com 15 pontos, o Tricolor investiu alto, pelo menos em quantidade, para montar seu elenco. Além do técnico Milton Mendes, trouxe 18 jogadores. Desde o início do campeonato, o clube deixou claro que o objetivo é disputar o título, troféu que não fica na Vila Capanema desde 2006.
Apesar da disposição, a campanha não convence. "Entramos para brigar, chegar nas cabeças e sermos campeões. Eles vêm com o sub-23 porque estão disputando a Libertadores, com outro objetivo. Mas é indiferente, vamos fazer nosso papel e o jogo será de bastante qualidade", diz o zagueiro Brinner, titular paranista na despedida da primeira fase.
Ao contrário do rival, o Rubro-Negro alega não se preocupar com a taça. Da mesma forma que fez no vice-campeonato de 2013, investiu em atletas jovens, a maioria forjada no próprio CT do Caju, para ganhar experiência. Além do plantel, desta vez até o técnico é iniciante. O sérvio Petkovic, que exerce também a função de gerente das categorias de base, ganhou sua primeira oportunidade à beira do gramado.
O início foi lento, mas as três vitórias seguidas contra Arapongas, J. Malucelli e Maringá deram nova perspectiva aos garotos atleticanos, que passaram a maior parte do tempo na zona do Torneio da Morte. Agora ocupam o terceiro posto, com a mesma pontuação do Tricolor, mas com saldo de gols maior (6 a 4).
"Precisamos focar nesta partida e buscar o primeiro lugar, se possível. Temos de entrar em campo com a mesma pegada [da virada sobre o Maringá] para conseguir a vitória", afirma o meia Harrison, autor do gol que mantém o Furacão vivo na busca pela liderança.
Quem vencer hoje torce por uma derrota do Coritiba, além de um tropeço do Maringá diante do Rio Branco para assumir o primeiro lugar geral.
Novato ganha espaço no apito
Em 31 dias, a trajetória do árbitro Rodolpho Toski Marques mudou de patamar, para melhor. No dia 2 de fevereiro, ele apitou o Atletiba da 5ª rodada do Paranaense, na Vila Capanema. Hoje, às 16h, ele volta ao estádio para comandar o duelo entre Paraná e Atlético, pela última rodada do Estadual.
E, se possível, passar despercebido no segundo clássico de sua carreira. "Em um mês e são dois clássicos. São nove anos de carreira e está tudo acontecendo no momento certo", comemora o juiz, de apenas 26 anos.
Formado pela Federação Paranaense de Futebol (FPF) aos 17, Toski Marques surge como a principal revelação do apito regional. Com a chancela da CBF no uniforme há dois anos, ele ainda não estreou na Série A, mas já é, nitidamente, a principal aposta da Comissão de Arbitragem da FPF. Tanto que foi escolhido para o sorteio dirigido de 66% dos clássicos do Estadual até aqui.
"Não vejo dessa maneira. Estou procurando o meu espaço, mas não acho que sou a atual cara da arbitragem paranaense. Estou trabalhando para passar despercebido nos jogos", comenta ele, empresário do ramo de alimentação.
Na breve carreira, Toski Marques aprendeu uma valiosa lição que o tem norteado desde 2011. Naquele ano, apitou de maneira desastrada um Coritiba e Arapongas, no Couto Pereira. "Eu queria ser diferente e acabei conduzindo a partida de maneira errada, dando pouquíssimas faltas. Me crucificaram muito, mas repensei meu modo de arbitragem. Depois disso, aprendi que o árbitro tem de fazer o simples. Aplicar corretamente a regra. E aparecer o mínimo possível."
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