O Atlético - segunda equipe que menos troca passes no Brasileiro (9.012) e líder em lançamentos errados (1078) - terá um pouco de tiki-taka na próxima temporada, se depender do técnico Claudinei Oliveira.
Com contrato renovado para comandar o time em 2015, o treinador tem tentado implantar uma filosofia sem chutões, à la Barcelona, já neste final de campeonato. Com 47 pontos, a equipe não corre risco de rebaixamento, nem disputa uma vaga na Libertadores.
"Não estamos reeducando, mas orientando nossos atletas para evitarem os chutões", disse Claudinei após o empate contra o Santos, na última quarta-feira. "Então, às vezes o zagueiro vai ficar um pouco mais com a bola no pé. Às vezes o Weverton vai receber um pouquinho mais de bola. Por quê? Para não rifarmos a bola", explica o comandante.
Em média, o Atlético trocou 263 passes por partida nas 17 rodadas desde a estreia do ex-paranista, em setembro. Ao mesmo tempo, o time também distribui 29 chutões por encontro, número que tende a diminuir com a prática nos treinamentos.
Nas últimas oito rodadas, quando conseguiu 66% de aproveitamento, o Furacão teve cinco atuações com pelo menos 300 passes. Nas nove primeiras com Claudinei à frente do time, isso só aconteceu uma vez. Coincidência ou não, o desempenho no período foi de apenas 26%.
Apesar do alto prêmio que um bom toque de bola pode trazer, o risco também é alto Mas calculado. "Uma hora vai errar. Mas ou erra uma hora ou não vai fazer [certo] nunca. Podemos dar só chutão e não errar [na saída de bola], mas aí a gente não evolui. O erro faz parte da evolução. A gente torce que eles não tenham erros capitais, que originem gols do adversário", espera.
Neste sábado, às 21h, o Rubro-Negro testa a evolução de seu 'tiki-taka' contra o Bahia, em Salvador. Depois, recebe o Goiás, antes de encerrar a temporada contra o Palmeiras, fora de casa.
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