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 | Hugo Harada/Gazeta do Povo
| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

Os colunistas da Gazeta do Povo analisaram a boa fase do Atlético, líder do Brasileiro com nove pontos. Qual a participação do técnico Milton Mendes nos bons resultados? E a expectativa para o restante da temporada? Veja as respostas:

Onde está a mão do treinador nessa liderança do Atlético?

Carneiro Neto

Tem uma participação muito grande no aspecto psicológico. Recuperou a confiança dos jogadores. Começou a acertar a escalação, corrigiu a marcação com Otávio no lugar do Deivid, ajustou a defesa, os alas começaram a jogar bem. Ele tem mérito, com planejamento estratégico. E a equipe está jogando com muita garra, o que não acontecia com os outros treinadores. O time quando é mediano tem que se superar na vontade e é o que está acontecendo.

Edson Militão

Está mais na cabeça do que na mão. O estilo simpático, risonho, conseguiu passar para o time. E o hoje o Atlético principalmente é um time alegre, solto, muito diferente, joga com descontração. Além disso, ele fez alguns ajustes pontuais. Resgatou o talento do Douglas Coutinho e do Otávio e deu ao time uma cara de time. Antes não tinha. Hoje os jogadores se se deslocam conscientemente. Não é mais um amontoado.

Luiz Augusto Xavier

Está na própria ação de liderança dele junto ao grupo. A ação parece ser mais psicológica do que tática, de unir o grupo. Juntou os caras em torno dele. Contribuiu muito para melhorar o ambiente, que era aquela coisa de cabeça baixa do Estadual. Taticamente ainda não deu para sentir muito, mas o principal é essa ascendência consentida sobre os jogadores, que talvez estivessem precisando disso.

Leonardo Mendes Júnior

Na organização e na confiança do time. O Milton arrumou o Atlético a partir da defesa, hoje mais sólida e protegida. Do meio para frente, teve a inteligência de dar liberdade ao Walter para se deslocar por onde quiser. Hoje - não apenas por isso - o Atlético é um time mais confiante. A declaração do Milton de que o Atlético não precisava de reforços (mesmo sendo absurda do ponto de vista técnico) parece ter tido um efeito fabuloso dentro do elenco. O recado que ele passou aos jogadores foi de que estava disposto a tudo por eles, até ir na contramão do óbvio. Isso selou um pacto que tem gerado frutos.

O time transmite confiança para continuar uma boa campanha?

Carneiro Neto

O momento é bom, mas o elenco é limitado. Precisa de contratações. Não dá para acreditar que só com isso vai chegar longe. Se o objetivo for só escapar do rebaixamento e ficar na Série A, tem boas chances. Se tiver mais ambição, como conseguir uma vaga na Libertadores, tem que investir e contratar. O treinador não vai fazer mágica.

Veja a classificação e a tabela do Campeonato Brasileiro

Edson Militão

Não dá para se empolgar. Ganhou dos reservas do Inter, Atlético-MG de ressaca da Libertadores e o Joinville, time de pior campanha no Brasileiro. Mas esse arranque provoca pelo menos uma confiança para não cair. Depois tem que pensar grande. Ainda precisa de reforços para almejar torneios internacionais.

Luiz Augusto Xavier

Futebol é momento e no momento sim. Vai depender do que venha na sequência. O reflexo vai dar para sentir contra o Figueirense, com uma torcida maior. Com o time bem, o torcedor até releva alguns erros, e isso contribui para o time seguir bem. Se vencer na quarta, sábado, contra o Vasco, já será de casa cheia. Mas a gente sabe que é começo de campeonato, o Atlético carece de um organizador de jogadas, pode até ser esse Giovanni. Arrumou a defesa com Kadu. Mas não parte do zero, pelo menos. Parte de um bom estágio para evoluir.

Leonardo Mendes Júnior

Ainda é cedo para qualquer análise mais definitiva, mas passa alguns sinais bem interessantes. O Atlético ganhou os dois jogos em casa e ganhou de um favorito ao rebaixamento. Ou seja, mostrou ser capaz de não perder pontos quando tem a responsabilidade maior de conseguir o resultado. Isso é um ótimo sinal. Mas é preciso ver como esse time vai reagir quando perder um jogo que não poderia perder ou mesmo como vai lidar com jogos quarta e domingo, levando em consideração que o excesso de jogos na Europa já foi assumido pelo clube como algo que cobrou um preço físico dos jogadores.

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