Efeito suspensivo. Com esse artifício legal, o Atlético garantiu que, pelo menos nos próximos dias, não precisará de uma nova casa para mandar seus jogos. Na sessão de ontem do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro, o clube conseguiu o efeito suspensivo para as perdas de mando de três jogos com validade a partir do confronto com o Internacional, neste domingo, pré-agendado para a Arena Joinville, em Santa Catarina causadas pelos incidentes no Atletiba (6/10) e contra o Vitória (29/9).
"Pelo momento do clube, essa vitória na Justiça pode representar uma vaga na Libertadores. Não sei se vamos reverter a decisão, amenizar ou adiar. A intenção era adiar [a perda de mandos]", festejou o advogado do clube, Domingos Moro, referindo-se ao fato de o Furacão seguir mandando seus jogos da Série A na Vila Capanema, onde tem um retrospecto de nove vitórias, três empates e apenas uma derrota no Nacional: aproveitamento de 76,9%.
O Atlético volta a mandar seus jogos no Durival Britto até que o Pleno do STJD faça um novo julgamento das ocorrências, o que pode ocorrer na próxima quinta-feira.
O adiamento das penalidades, explica Moro, foi conseguido com a argumentação de que o clube tomou todas as providências possíveis durante as partidas e para evitar a reincidência das situações. No caso do Atletiba, em que torcedores do Atlético se confrontaram entre si e havia levado à punição de perda de mando de dois jogos, além da repressão dos confrontos durante a partida, houve medidas continuadas, defende Moro. "O clube adotou a setorização do estádio, a não permissão da circulação de torcedores por todos os setores, o afastamento do alambrado, decisões tomadas com a orientação da Polícia Militar."
Na punição da perda de mando de um jogo por causa de uma pedra arremessada no gramado da Vila Capanema na partida contra o Vitória, o efeito suspensivo foi dado pelo fato de o Atlético ter buscado, após a partida, o autor do arremesso. "O segurança do clube reconheceu o torcedor pela lista de associados. O procuramos e ele reconheceu ser o autor do arremesso e informamos à polícia", contou o advogado, que descartou a hipótese de o torcedor ter assumido o erro apenas para favorecer o clube. "Não advogo para laranjas e o Atlético não cria laranjas."
Além da retomada dos mandos para os jogos contra Internacional, São Paulo e Náutico, o Furacão teve as multas (R$ 62 mil) também suspensas até o julgamento do Pleno do STJD, previsto para a próxima quinta-feira. Antes, na segunda-feira, o STJD julga outro caso contra o Rubro-Negro, o da pedra lançada ao campo no jogo contra o Goiás (19/10).
Câmara aprova regulamentação de reforma tributária e rejeita parte das mudanças do Senado
Mesmo pagando emendas, governo deve aprovar só parte do pacote fiscal – e desidratado
Como o governo Lula conta com ajuda de Arthur Lira na reta final do ano
PF busca mais indícios contra Braga Netto para implicar Bolsonaro em suposto golpe
Deixe sua opinião