Paulo Autuori completará um ano no comando do Atlético nesta terça-feira (7). São, ao todo, 66 partidas, sendo 29 vitórias, 15 empates e 22 derrotas, com um aproveitamento de 52%. Acima de tudo, um período em que ganhou a confiança da torcida e da diretoria rubro-negra.
Em 2016, Autuori comandou o Furacão para um fim de jejum de sete anos sem a conquista do Paranaense. Além disso, quebrou um recorde: desde 1999, quando Vadão foi o técnico, nenhum outro treinador começou e terminou o Brasileiro no clube.
Com o sexto lugar que conquistou no Brasileiro, o treinador classificou a equipe para a disputa da quinta Libertadores da história atleticana. E depois de passar por Millonarios e Deportivo Capiatá nas primeiras fases, Autuori se prepara agora para a primeira partida da fase de grupos, contra a Universidad Católica, que acontece justamente nesta terça, na Arena, às 21h.
Focado no planejamento da equipe para o torneio continental, Autuori sequer viajou para Foz do Iguaçu no final de semana, quando o Atlético perdeu para o Foz por 1 a 0 no sábado (4). Bruno Pivetti foi quem comandou a equipe atleticana fora de casa.
Pivetti, 33 anos, tem toda a confiança de Autuori e é considerado como o substituto do experiente técnico. Isso porque o técnico de 60 anos afirmou, no final da última temporada, que o trabalho no Atlético é o último em sua carreira. Porém, o comandante também revelou que quer seguir no futebol como gestor, quem sabe até do próprio Furacão.
Casamento certeiro
A junção de Atlético e Autuori é uma parceria de sucesso até aqui. Isso porque os últimos trabalhos do técnico no futebol brasileiro não foram tão longos. Antes de chegar ao clube paranaense, Autuori passou pelo Vasco, São Paulo, Atlético Mineiro e Gamba Osaka, do Japão. Em nenhum destes, o experiente comandante conseguiu ficar 365 dias.
Esta estabilidade no Furacão é ainda mais impressionante por ser rara. Autuori é o 14º técnico do Rubro-Negro desde 2012. Na era dos presidentes Mario Celso Petraglia e Luiz Sallim Emed, o clube tem uma média de um treinador, contando os interinos, a cada três meses.
E é justamente a boa relação com os presidentes que faz o nome de Autuori ser tão forte no Atlético. As ideias do treinador não divergem das principais de Petraglia. Parece não haver atrito entre as duas partes, tanto que suas declarações sempre estão de acordo, principalmente nas críticas à CBF e à organização do futebol brasileiro.
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