Volante Deivid é o último remanescente da parceria entre Atlético e PSTC.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

O Atlético encara o PSTC neste sábado (12), às 18h30, pela nona rodada do Campeonato Paranaense, em encontro de dois times que têm um relacionamento íntimo. Uma parceria, estabelecida no início dos anos 2000 e costurada por Mario Iramina, presidente do clube interiorano, e pelo então presidente Mario Celso Petraglia, impulsionou uma das melhores fases da história do Furacão.

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A conexão trouxe uma série de jogadores da região norte do estado para o Atlético. Alguns deles foram decisivos nas conquistas atleticanas . No título brasileiro de 2001, Kleberson e Dagoberto tinham origem no PSTC. Assim como Alan Bahia, Fernandinho e Jadson, que participaram dos vices no Brasileiro de 2004 e na Libertadores de 2005. Na época, a equipe do interior, que hoje manda jogos em Cornélio Procópio, estava situado em Londrina.

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Segundo o diretor de futebol do PSTC, Renato David, o acordo previa que o Rubro-Negro observasse os jogadores da base e indicasse quem queria trazer para Curitiba. “O PSTC é um clube com foco na formação, e sempre disputou competições sub-15 e sub-17. Assim foram o Kleberson, Fernandinho, Jadson, o goleiro Guilherme, o volante Chico, que entre 2000 e 2003 ganharam campeonatos na base aqui”, revelou.

O PSTC conquistou três Paranaenses sub-19 neste período, em 2000, 2002 e 2003, ficando com o vice em 2001.

Exclusividade

O acordo previa também uma cláusula de exclusividade. David explica que para negociar qualquer atleta com outra equipe, o clube precisava ter o aval do Furacão. Mesmo com a restrição, o dirigente acredita que a conexão era benéfica para os dois lados. “O Atlético ganhou muito tecnicamente e o PSTC ganhou muito destaque e teve ganhos financeiros também”, ressaltou.

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Os jogadores que chegaram ao Furacão vindos do clube interiorano tinham seus direitos econômicos divididos com as duas equipes. A parceria com exclusividade terminou em 2006, mas o relacionamento entre os clubes segue. “A prioridade não existe mais, mas o relacionamento com o Atlético é muito bom. Continuamos o intercâmbio e o Deivid é o maior exemplo. Atleta nosso que hoje é titular da equipe do Atlético”, revelou o dirigente.

Para David, o retorno técnico e financeiro da união com o Atlético foi o que possibilitou ao PSTC crescer e ampliar o trabalho de revelação de jogadores. “É nosso interesse colocar os jogadores em vitrines maiores. Para a sequência da vida do clube foi muito importante a parceria, porque o retorno financeiro ajudou a criar novos jogadores”, concluiu.