Cristóvão Borges está satisfeito com o elenco para começar 2016 no Atlético. O clube conseguiu contratar 90% dos jogadores solicitados pelo treinador. Com a base do time de 2015 e os reforços, Cristóvão confia em uma boa temporada. Mas ao contrário do diretor de futebol Paulo Carneiro, que disse semana passada que o Furacão tem elenco para ser campeão brasileiro, o técnico prefere cautela. “Estamos motivados, mas é um pouco precipitado dizer isso”, ressalta à Gazeta.
Por que esse ano o Atlético buscou tantos reforços?
Isso aconteceu diante da análise que fizemos ao término da última temporada. A equipe teve oscilações, no meio do campeonato deu uma caída. Vimos que conseguiríamos ter uma base e buscar reforços.
Nomes importantes, como o goleiro Weverton e o volante Otávio, permanecem para 2016. Qual a importância deles?
Eles já estão aqui há muito tempo, são bastante identificados com a torcida. Sem falar que para nós é importantíssima a qualidade técnica deles, que dão uma contribuição bastante valorosa para o nosso trabalho.
O diretor de futebol Paulo Carneiro disse que o Atlético vai brigar pelo título brasileiro. Você compartilha dessa confiança?
É muito cedo para falar isso. Estamos muito contentes e motivados, mas é um pouco precipitado para falar sobre isso. A gente vai precisar de tempo para poder achar uma equipe e que essa equipe evolua. Com os jogadores que adquirimos, estamos bastante confiantes para que isso aconteça.
O Atlético vinha utilizando a equipe sub-23 no Paranaense. Em 2016, há a promessa do time principal em campo. O Atlético vem para brigar pelo título?
Decidimos quando acabou o Brasileiro que o trabalho é para jogar com o melhor que tivermos sempre. E assim vamos fazer, na Primeira Liga e no Estadual.
“90% daquilo que desejávamos, conseguimos. O elenco está bastante equilibrado.”
Como será a experiência de ser a primeira equipe brasileira a mandar jogos em grama sintética?
Pelo alto investimento e pela análise e estudo da situação, que foram muito grandes, a gente está tranquilo. Sabemos que é da mais alta qualidade a grama sintética e isso não dificultará em nada a performance da equipe. Lógico que teremos de ter um período de adaptação. E isso vai acontecer.
Como será o processo de adaptação ao sintético?
Estamos construindo no CT um campo de grama sintética. Além disso, vamos fazer vários treinos na Baixada, para poder facilitar a adaptação. É lá que iremos jogar, então para nos adaptar a essa novidade também vamos treinar no estádio. Como a grama é da mais alta qualidade, a diferença para a grama natural será pouca.
Como jogador, você atuou pelo Atlético na velha Baixada, nos anos 80. Agora, volta e encontra o clube modernizado, com um novo estádio. O calor da torcida é o mesmo daquela época?
Há o mesmo entusiasmo. A torcida obviamente cresceu e continua cantando e incentivando. Mas a acústica atual do estádio é melhor. O estádio é fechado, é mais contagiante, mexe mais com a gente e a torcida tem sido uma grande aliada. E vai continuar sendo.
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Leia a matéria completaVocê tem observado os garotos da base?
Temos alguns garotos incorporados ao time. Sempre há jogadores da base para ser aproveitados. Temos o Léo Pereira [zagueiro], o Giovany [atacante] e o João Pedro [meia] que vão treinar com a gente.
A eleição do Atlético foi bastante turbulenta. Isso afetou o elenco?
Na fase final da eleição não afetou, porque já era férias, a maioria dos jogadores não estava aqui. Alguns ficaram para participar e dar apoio na eleição. Mas claro que não podíamos ficar indiferentes a isso porque fazia parte do nosso universo. Todos acompanhamos atentos para que as coisas saíssem bem e no final deu certo. Não nos atrapalhou.
Você acredita que terminará 2016 no Atlético?
Tenho noção exata do que tenho que fazer para continuar aqui. É necessário que o trabalho aconteça, que exista evolução. E esse ano, depois da maneira que foi a eleição, as contratações que a gente fez, logicamente está todo mundo muito ansioso e muito confiante. E isso é contagiante. Estão todos contagiados. Mas temos consciência de que tudo isso requer tempo e de que a gente tem que ter tranquilidade, bastante humildade, para não precipitar as coisas. A partir do momento em que as coisas acontecem, o treinador permanece.
Há ainda alguma carência no elenco?
Conseguimos trazer quase todos da relação de jogadores que queríamos contratar. Faltou somente a vinda de um que constava na lista, mas que não tem influência nenhuma, pois nessa posição temos outros jogadores. 90% daquilo que desejávamos, conseguimos. O elenco está bastante equilibrado.
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