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Vista aérea da Arena da Baixada: orçamento do estádio segue sendo inflacionado mesmo após a Copa | Henry Milléo/Gazeta do Povo
Vista aérea da Arena da Baixada: orçamento do estádio segue sendo inflacionado mesmo após a Copa| Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo

Procuradoria-Geral de Curitiba estuda ação na Justiça contra o Atlético

A questão envolvendo as desapropriações de imóveis para a reforma da Arena da Baixada já foi encaminhada para a Procuradoria-Geral de Curitiba. Agora, cabe ao órgão analisar a situação para acionar o Atlético na Justiça

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A realização da Copa do Mundo em Curitiba consumiu mais de R$ 1 bilhão. O custo da empreitada na capital paranaense foi revelado pelo balanço final do Ministério do Esporte e alcançou R$ 1.075,3 bilhão.

Segundo o relatório publicado na transição dos ministros da pasta, de Aldo Rebelo para George Hilton, R$ 23,9 bilhões foram gastos com o torneio no Brasil – sendo R$ 8,3 bilhões com estádios e R$ 15,6 bilhões com mobilidade urbana, aeroportos e portos.

Auditoria anterior do órgão, de setembro de 2013, apontava R$ 950,3 milhões para Curitiba. Decorridos um ano e três meses, a conta cresceu R$ 125 milhões (13%). A fatura apontou gasto de R$ 391,5 milhões com a Arena da Baixada. Obras de mobilidade e no entorno do estádio despenderam R$ 526,5 milhões. A reforma do Aeroporto Afonso Pena ficou em R$ 157,3 milhões.

O estádio do Atlético puxou o acréscimo. No balanço de 2013, o Joaquim Américo aparecia com R$ 326,8 milhões. Subiu R$ 64,7 milhões para bater em R$ 391,5 milhões – o ministério não informa a composição deste número.

Trata-se da sexta atualização da reforma da casa rubro-negra, que recebeu apenas quatro partidas do Mundial, todas da primeira fase. Em dezembro do ano passado, a prefeitura recebeu do clube a informação de que o custo era de R$ 346,2 milhões.

"Estamos cientes desses valores. Acredito que até o final do mês nós iremos divulgar um relatório final sobre a Copa do Mundo em Curitiba", diz Luiz Henrique de Barbosa Jorge, diretor do setor de fiscalização de obras públicas do Tribunal de Contas do Paraná (TC-PR).

Na comparação com as demais praças esportivas, a Baixada foi a segunda mais barata, perdendo apenas para o Beira-Rio, em Porto Alegre, que custou R$ 330 milhões. O mais caro foi o Mané Garrincha, em Brasília: R$ 1,4 bi.

As obras de mobilidade urbana em Curitiba também foram além do previsto. De R$ 466,2 milhões em setembro de 2013, saltaram para R$ 526,5 milhões – elevação de R$ 60,3 milhões. Somente a conta do Aeroporto Afonso Pena permaneceu inalterada: R$ 157,3 milhões.

Pacote do Mundial na cidade encarecido, mas com menos benefícios do que o prometido. Do projeto inicial, seis obras foram canceladas ou adiadas. E das oit que permaneceram na Matriz de Responsabilidades, metade ainda não foi finalizada.

Da alçada da prefeitura de Curitiba, resta a requalificação do Terminal Santa Cândida. Do governo estadual, os corredores Aeroporto-Rodoviária e Marechal Floriano Peixoto, a Via de Integração Metropolitana e o Sistema Integrado Metropolitano continuam em andamento.

Ainda de acordo com o governo federal, a execução das intervenções urbanas na capital alcançou 70% em dezembro. Das 12 sedes do Mundial, a situação é pior só em Cuiabá (67%), Fortaleza (50%) e Salvador (50%) – as demais concluíram o que foi programado.

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