O meia Vinicius entrou com uma ação na Justiça cobrando do clube o pagamento de cerca de R$ 1 milhão em luvas contratuais não pagas pelo Rubro-Negro.
“O Atlético deve a primeira parcela no valor de R$ 600 mil, de janeiro de 2016, mais a segunda parcela, de R$ 300 mil, equivalente ao mês de janeiro de 2017. Ao todo são R$ 900 mil, que somados às correções, dão o valor de R$ 1 milhão e 50 mil”, explica Marcelo Ribeiro, advogado do jogador.
Fora os pagamentos atrasados, o Atlético ainda tem mais uma parcela de R$ 300 mil com vencimento para janeiro de 2018. O contrato de Vinicius com o Furacão vai até dezembro do ano que vem, mas dificilmente o curitibano de 26 anos voltará a vestir a camisa do clube que é torcedor declarado.
Vinicius recebeu férias antecipadas no Rubro-Negro no dia 5 de abril, uma semana após o caso do atleta com o clube ir parar na polícia. No final de março, o meia registrou boletim de ocorrência contra o vice-presidente atleticano, Márcio Lara, e Sidiclei Menezes, diretor de futebol, acusando ambos de coação e ameaças.
“Nossa ação tem dois fundamentos. O primeiro é a cobrança dos valores não pagos pelo clube. Já o segundo são as férias que o Atlético deu ao no meio da temporada impedindo o atleta de exercer sua profissão”, diz o advogado. “Nunca vi um atleta receber férias no meio da temporada. Mas o Vinícius está treinando e mantendo sua preparação física por conta própria. Ele está bem, trabalhando forte e com percentual de gordura baixo”, complementa Francisco Godoy, empresário do meia.
As desavenças entre atleta e clube começaram com o afastamento de Vinicius em agosto de 2016, junto com o atacante Walter e com a saída do diretor de futebol, Paulo Carneiro. O jogador foi emprestado ao Náutico e ficou em Recife até o final do ano passado. Ele retornou ao CT do Caju em janeiro, mas para treinar separadamente do elenco.
A confusão ganhou maiores proporções no dia 13 de março deste ano. Vinicius tinha empréstimo encaminhado com o Avaí, mas de última hora o acerto foi suspenso. Segundo os agentes do jogador, o Atlético disse que só iria liberar o negócio caso o meia abrisse mão de receber os valores de luvas contratuais pendentes. “O Vinicius estava empolgado para jogar no Avaí. Ele já tinha feito exames médicos e até vestido a camisa do clube”, revela Godoy.
Procurado pela reportagem, o Atlético não quis se pronunciar. Em nota oficial lançada em 28 de março, após o boletim de ocorrência registrado por Vinicius, o Rubro-Negro alega que foi o jogador quem recusou o empréstimo e que ele está fora do elenco por questões técnicas.
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