Atacante Douglas Coutinho, símbolo da recuperação rubro-negra no segundo turno do Estadual| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo
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Depois de um primeiro turno ruim – apenas 42,4% de aproveitamento –, vários percalços e desilusão da torcida, o sub-23 do Atlético tem hoje, às 16 horas, uma decisão inusitada.

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O duelo contra o Londrina (18 pontos), no Ecoestádio, pode alçar os comandados de Arthur Bernardes a uma impensável liderança do returno do Paranaense. Caso vença o Tubarão, o Rubro-Negro (16 pontos) terá mais quatro rodadas para se manter na ponta e decidir o título com o Coritiba.

No caminho para chegar ao melhor momento da temporada, com sete confrontos de invencibilidade, o Rubro-Negro passou por várias modificações. Ao todo, 30 jogadores foram testados (ver ilustração), a maioria com idade abaixo dos 23 anos, o teórico limite do time.

No ataque, oito nomes ganharam oportunidade, o dobro da contagem de meias ofensivos. Entre os volantes foram seis opções, uma a mais do que o número de atletas utilizado na zaga e nas laterais.

O goleiro Santos e o zagueiro Erwin, que só não entraram em campo em um duelo, foram os mais lembrados pelo treinador, com 16 participações. O lateral-esquerdo Héracles e os volantes Renan Foguinho e Renato aparecem logo atrás, com 15 partidas cada.

O súbito desenvolvimento do grupo foi uma surpresa até para a cúpula do clube. Chegou-se a discutir internamente o uso dos titulares no returno, exatamente pela baixa perspectiva de triunfos, assim como o receio de brigar contra o rebaixamento.

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Mas os resultados do sub-23 só vieram a partir da segunda metade do campeonato, quando Douglas Coutinho passou a se destacar. O goleador da equipe, com nove bolas na rede, também divide a artilharia geral do torneio, ao lado de Neílson (Londrina) e Potita (J. Malucelli).

O avante participou de cinco das nove formações ofensivas testadas por Bernardes. A zaga, por outro lado, teve cinco duplas diferentes. Bruno Costa e Erwin lideram, com dez aparições, mas com a ida do primeiro para o time principal, Rafael Zuchi despontou como o outro pilar defensivo.

Enquanto o lateral-direito Adriano, que fez três jogos antes de se machucar, é o mais velho do elenco, com 26 anos, o meia Marcos Guilherme é o novato do grupo. Aos 17 anos, a ‘joia do CT do Caju’ também é a principal arma do banco de reservas atleticano. De suas 11 participações no Paranaense, somente uma foi como titular.

Mais calejados e unidos como grupo, os jovens atleticanos querem surpreender de novo. Para passar pelo Tubarão, que tem 100% de aproveitamento no segundo turno, a receita é seguir disputando até o final.

"[Esse sentimento] faz todos correrem pelos outros. Nós criamos um elo de amizade dentro do plantel, junto com a comissão técnica, e isso colabora em todos os momentos", aposta Bernardes.

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