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Segundo o fisioterapeuta Leandro Dias, que tem estudo sobre o caso: risco de se contundir na grama sintética é o mesmo da natural. | ALBARI ROSA/Gazeta do Povo
Segundo o fisioterapeuta Leandro Dias, que tem estudo sobre o caso: risco de se contundir na grama sintética é o mesmo da natural.| Foto: ALBARI ROSA/Gazeta do Povo

Antes de a Arena ganhar novo piso, conheça 7 estádios com grama artificial

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Defendida pelo presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia, a instalação de grama artificial na Arena da Baixada não tem contraindicações por parte da medicina esportiva.

Autor de estudo apresentado no American College of Sports Medicine – colégio americano de medicina esportiva –, no ano passado, o fisioterapeuta Leandro Dias chegou à conclusão de que o risco de lesão é o mesmo, seja em um gramado natural ou sintético.

“Para evitar lesão basta não treinar. O atleta está exposto de maneira igual tanto faz o piso”, afirma Dias, especialista em fisiologia e biomecânica do aparelho locomotor pela USP e fisioterapeuta do São Bernardo, da Série A1 paulista. Dias descobriu que há três fatores que aumentam a probabilidade de contusão relacionada à grama artificial: a falta de manutenção do piso, a escolha errada de chuteira e a transição para os jogos em grama natural.

“Quando há muita borracha, por exemplo, aumenta o atrito com a chuteira e o pé trava no chão. E aí constatamos muitas lesões de entorse e movimentos rotacionais”, explica o fisioterapeuta, que fez o estudo observando 259 atletas de várias categorias.

Para Dias, como o piso sintético é mais duro e promove menos instabilidade nas articulações, o corpo se desacostuma à grama comum, o que eleva o risco de torção de tornozelo e de joelho no retorno a esse ambiente. A saída foi aumentar os exercícios de propriocepção. “Provocamos instabilidade para promover a adaptação dos músculos e articulações”, cita. Assim que a técnica foi aplicada, as lesões caíram quase 40%.

O doutor em fisiologia do exercício Turíbio Leite de Barros também defende a grama artificial e não vê relação com o aumento de lesões, fato que Petraglia tratou como ‘bravata e babela de leigo e ignorantes’ no Twitter, após voltar de viagem a Europa onde conheceu fabricantes do produto.

“Não existe estatística que possa afirmar maior incidência de lesões”, diz Barros. “Alguns campos têm grama com tecnologia bem avançada e que cumpre com aquilo que o futebol precisa sem qualquer problema... Mas de qualquer forma sempre o atleta vai ter de se adaptar”, diz .

Procuradas, as chapas Coração Atleticano e Democracia Atleticana são contra a grama artificial. O grupo Atlético De Novo não se diz contra, mas discorda do momento para tratar do assunto.

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