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A dupla de zaga paranista, formada por Alex Alves e Anderson (ao fundo), mais uma vez mostrou segurança e sintonia | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
A dupla de zaga paranista, formada por Alex Alves e Anderson (ao fundo), mais uma vez mostrou segurança e sintonia| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Perspectiva

Atlético aposta em jogos contra a parte de baixo da tabela para se reerguer

Já passaram três jogos no ano e até agora o torcedor do Atlético não sabe o que é comemorar uma vitória. Os dois empates iniciais e a derrota no clássico jogaram o time para a parte de baixo da tabela – é oitavo colocado com apenas dois pontos. Pontuação baixa e falta de vitórias colocam em xeque a opção da diretoria do clube por escalar o time sub-23 neste início de Estadual.

O Rubro-Negro tem dois jogos importantes para tentar encostar no pelotão da frente. Sequência que será aberta na quarta-feira, contra o Toledo (9º), às 20h30, fora de casa. Depois, recebe o lanterna Cianorte, único time ainda sem pontuar no regional, sábado, no Ecoestádio. Chance para acalmar os ânimos da torcida, que já começou a protestar, especialmente contra o técnico Arthur Bernardes.

O ponto positivo é que o Furacão ganhou o "reforço" do meio-campista Zezinho. O jogador, que foi regularizado somente na semana passada, deu no clássico de ontem as credenciais de que pode ser o personagem central de uma possível virada do time na competição. Ele comandou o meio de campo atleticano, acertou uma bola na trave e deu duas assistências para gols, que foram anulados pelos assistentes por impedimento.

Torcidas

De acordo com a Polícia Militar (PM) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), nenhum caso mais grave ocorreu ontem na cidade com as torcidas de Paraná e Atlético. 600 policiais trabalharam no clássico.

Ontem o Paraná inverteu a lógica da "melhor defesa é o ataque" para "melhor ataque é a defesa". Afinal de contas, o zagueiro Anderson, além de ter feito uma atuação segura na zaga, ainda foi quem marcou o gol da vitória paranista no clássico contra o Atlético (1 a 0). O defensor aproveitou a cobrança de falta de Lúcio Flávio para desviar de cabeça para o fundo das redes do goleiro Santos.

Além do faro de gol do zagueiro-artilheiro, outro pon­­to positivo foi que mais uma vez o setor defensivo tricolor passou ileso. Já são três jogos sem ter a meta vazada, o que coloca a equipe como a única a ter essa marca no Paranaense. Fato que deixa a torcida animada para enfrentar o melhor ataque da competição na quarta-feira, às 19h30, quando pega o líder Londrina, na Vila Capanema.

"Já estamos mantendo isso [de ter uma defesa pouco vazada] desde o ano passado na parceria com o Alex [Alves]. Tanto que ele evoluiu muito e isso facilita o meu trabalho. Hoje [ontem] consegui ajudar a nossa equipe e agora precisamos manter essa média porque temos um jogo importante com o Londrina", comentou Anderson.

Quem também comemorou esse momento é o técnico Toninho Cecílio, que parabenizou o sistema defensivo pela entrega em campo para compensar a formação ofensiva do time. "Isso é um fato positivo ao extremo. Com três atacantes, acabamos ficando expostos, mas o trabalho do [goleiro] Luís Carlos, da zaga e dos volantes me deixa feliz. Eles estão se entregando e conscientes de que precisam jogar sem a bola", analisou.

A defesa tricolor vai ter dois testes importantes nas próximas rodadas. O primeiro é contra o Londrina, de Celsinho e companhia, na quarta-feira. O meia-atacante é o artilheiro com cinco gols e o Tubarão já tem 14 na conta. Depois pega o Coritiba no Couto Pereira, no domingo, atualmente o segundo melhor ataque, com seis gols.

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