Vila Capanema, gramado onde o Atlético não perde um duelo válido pelo Brasileiro desde 2006| Foto: Brunno Covello/ Gazeta do Povo

Personagem

Driblador, Everton é a arma de Mancini

Everton chegou com discrição ao Atlético no início da temporada. O meia de 24 anos, porém, não demorou para se tornar titular absoluto da equipe e referência em campo. Revelado pelo Paraná, ele só não participou, por estar suspenso, de uma das dez partidas disputadas pelo time no Brasileiro. Hoje, às 16h, contra o Goiás, é uma das apostas técnico Vagner Mancini.

Atrás do atacante Éderson, Everton é o atleticano que mais arrisca contra as metas adversárias. Foram 23 finalizações ao todo – sete delas certas, que resultaram em dois gols, contra Ponte Preta e Atletico-MG. Ele é ainda o atleta da equipe que mais acertou dribles: 16 vezes em 22 tentativas.

No intuito de ajudar a marcação, no entanto, Everton acaba exagerando na dose: lidera o time em faltas (23) e já tomou três amarelos, mas ao mesmo tempo, é o quarto no ranking de desarmes, com 18.

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Único time a não vencer como mandante neste Brasileiro, o Atlético espera desencantar hoje. É o que espera e cobra o técnico Vagner Mancini para o duelo das 16 horas, contra o Goiás, na Vila Capanema.

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Foi esse o discurso utilizado pelo treinador na quarta-feira, logo após seu time surpreender e bater o Galo, em Belo Horizonte. Certamente também será o mesmo mote da palestra antes do duelo no Durival Britto.

Até agora, contra Cru­­zei­­ro, na Vila Olímpica, Fla­­mengo, em Joinville, e Grêmio e Corinthians, no Durival de Britto, o clube só empatou, resultando no quarto pior aproveitamento como mandante da Série A (33%). Apenas São Paulo, Náutico e Portuguesa têm números piores.

Todos os adversários, porém, venceram pelo menos uma vez em seus domínios. A equipe, espera Mancini, vai recorrer a partir de hoje ao bom retrospecto histórico do Rubro-Negro no estádio tricolor.

Nos últimos 20 anos, em jogos válidos por Brasileiro e Copa do Brasil, o clube atuou 22 vezes na praça esportiva paranista. Venceu em 12 oportunidades, empatou sete e perdeu apenas três, com 65% de aproveitamento.

O próprio Esmeraldino, em 1997, foi vítima na Vila Capanema: derrota por 2 a 1. A última queda no campo do Rebouças foi há seis anos, em um confronto com portões fechados diante do Figueirense (1 a 4).

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Agora, na melhor fase do Rubro-Negro no campeonato, só a vitória interessa. "Ganhamos seis pontos fora de casa. Maravilhoso. Mas é necessário mais", pede Mancini.

Em três partidas no comando do clube no Nacional, o treinador obteve sete pontos – um a mais do que seu antecessor, Ricardo Drubscky, havia somado em seis confrontos. Nesse período, o Atlético saltou da penúltima colocação para o décimo lugar.

Evolução na tabela, mas que ainda precisa ser mais aguda na forma de jogar. Especialmente diante do torcedor na Vila Capanema, onde o potencial de apoio se multiplica em relação a outros estádios por onde o time peregrinou neste ano, como o do Boqueirão, o Ecoestádio e a Arena Joinville. Em dois jogos, uma média de 8.138 fãs foram aos jogos.

"Queremos dar essa alegria ao nosso torcedor que vem nos apoiando. Estamos jogando bem em casa. Infelizmente, só conseguimos empates", disse Everton, destaque do Furacão. Após o Goiás, o clube recebe o Bahia, quarta-feira, às 21 horas.

Lance a lanceAtlético x Goiás, às 16 h.www.gazetadopovo.com.br/esportiva

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