Atlético e Criciúma, adversários de amanhã, às 21 h, em Santa Catarina, enfrentaram juntos o martírio da Segunda Divisão no ano passado. Os catarinenses se saíram levemente melhor, sacramentando o acesso com 73 pontos, dois a mais do que o Furacão. Nesta temporada, porém, tudo mudou. Cada um foi para o seu lado. Enquanto os rubro-negros estão na final da Copa do Brasil e na vice-liderança do Brasileiro com 58 pontos, os tricolores se afundam na zona de rebaixamento, com 36. Com o Goiás em quinto (53) e o Vitória em sexto (51), o Tigre virou o "patinho feio" entre os egressos da Série B.
Em Santa Catarina, a explicação para a diferença se dá no aspecto financeiro, algo que se torna ainda mais forte na elite nacional. O Tigre tem um orçamento anual de R$ 33 milhões, contra aproximadamente R$ 85 milhões (estimativa) dos paranaenses.
"É o modo como funciona o futebol brasileiro. Nós competimos com times que têm contratos de direitos de imagem até 2017 e nós só temos para este ano, algo que acontece com time de interior. Isso atrapalha nosso planejamento, pois é mais difícil fazer contratos longos com jogadores quando não se sabe o quanto vai receber de dinheiro nos próximos anos", lamentou o diretor de marketing e comercial do Criciúma, Claudio Gomes, que acumula interinamente o comando do futebol. "No ano passado, nosso planejamento acabou sendo mais eficaz que o do Atlético, terminando na frente deles mesmo recebendo apenas R$ 2 milhões da CBF", acrescentou.
Apesar do sucesso do rival, a partida de amanhã é vista como a grande chance de o Criciúma sair da ZR. "Se cair, o orçamento é reduzido. Se ficarmos, poderemos voar mais longe como renovar com atletas. Temos plano A e plano B. Temos de ser autossustentáveis, sem valores estratosféricos. O Criciúma é um clube saneado, exemplo de negócios assim como é Atlético Paranaense", explicou o dirigente, se espelhando no exemplo rubro-negro.
Só que para tentar dificultar ainda mais a vida do Tigre, o Furacão terá Paulo Baier, um ídolo da torcida local o meia pediu para jogar diante do ex-clube. "Eu pessoalmente torço para o Atlético vencer a Copa do Brasil, mas aqui não facilitaremos. Queria que o Paulo Baier não jogasse, ele é diferenciado", concluiu Gomes.
Impasse sobre apoio a Lula provoca racha na bancada evangélica
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Copom aumenta taxa de juros para 12,25% ao ano e prevê mais duas altas no próximo ano
Eleição de novo líder divide a bancada evangélica; ouça o podcast