Foi no técnico da seleção brasileira, Dunga, que Claudinei Oliveira se baseou no comando do Atlético. Quando chegou ao Furacão, o treinador encontrou uma equipe com sérios problemas defensivos. Com 25 gols sofridos em 18 partidas, o time tinha a pior defesa do Brasileiro.
O cenário rubro-negro era parecido com o da seleção no retorno de Dunga, após o vexame do Brasil na Copa sob o comando de Luiz Felipe Scolari. Com o ataque funcionando, a primeira iniciativa de Dunga foi mexer onde o time falhava mais: no posicionamento da retaguarda. A mudança surtiu efeito imediato. E serviu de exemplo para o Atlético.
"O Dunga fez isso na seleção brasileira, basta ver que na frente tem Neymar, Coutinho, Willian. E atrás, não toma gols há cinco partidas", compara Claudinei.
Nas 15 rodadas sob o comando de Claudinei, o Atlético teve a defesa vazada em apenas 13 oportunidades no período, apenas Corinthians (12) e Grêmio (5) tiveram melhor desempenho. "Não sei como se trabalhava antes, mas eu gosto primeiro de arrumar a defesa, especialmente quando vejo que os jogadores do ataque têm qualidade", explicou, usando a equipe nacional como exemplo.
Claudinei deixou claro que, se a defesa fizer sua parte, os jogadores de ataque resolverão o jogo. "Não adianta fazer dois gols e tomar três todo jogo. Nos preocupamos com isso, avaliamos os números quando chegamos, e vimos que sofríamos gols demais", disse o treinador, que elogiou os atacantes rubro-negros.
"Com a qualidade ofensiva, não tem muito sentido se expor tanto", avaliou o comandante do Furacão, que também comentou sobre uma questão que afetava o time, as ligações diretas para o ataque.
O acerto da defesa trouxe um alívio para o goleiro Weverton. "No primeiro turno fui buscar muito mais a bola no gol do que agora. Isso é chato para o goleiro, eu não gosto e o time inteiro não gosta. Agora o momento é legal, temos tomado poucos gols, feito mais", confirma o arqueiro.
Ligação direta
Para o técnico, as jogadas nas quais a defesa manda um lançamento direto para o ataque não pode ser a primeira alternativa. "Não adianta pegar a bola e fazer o gol em dois toques", destacou Claudinei. "Não pode ser a primeira opção, o importante para o Atlético é manter o domínio e levar a bola trabalhada, conduzindo até os atacantes. Rifar, dar chutão deve ser o último recurso", completou.
Com 46 pontos, o Atlético enfrenta o Sport neste domingo (16), às 17h, na Arena da Baixada. Uma vitória pode deixar a equipe na oitava posição, melhor classificação desde a 15ª rodada do Brasileiro, e consolidar a boa fase defensiva sob o comando de Claudinei, foram apenas três gols sofridos nas sete partidas em casa.
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