Na última sexta-feira (16), o presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia, comemorou a decisão do governador Beto Richa em aumentar o repasse do estado para o acordo tripartite da obra da Arena da Baixada para a Copa do Mundo. Entretanto, em 2012, o mandatário rubro-negro garantiu à CPI da Copa na Assembleia Legislativa que o clube não solicitaria mais nenhum aditivo do poder público para o orçamento do estádio.
ENQUETE: Governo e prefeitura devem pagar mais do que haviam acordado com o Atlético pelas obras da Arena?
VOTE NA ENQUETE
“Não faremos a busca de mais um tostão do poder público”, garantiu Petraglia, o que gerou aplausos dos deputados estaduais na seção da CPI. A declaração consta na ata da seção da CPI, do dia 21 de novembro de 2012.
Pelo orçamento inicial, a obra da Arena custaria R$ 184,6 milhões repartidos entre Atlético, governo do estado e prefeitura de Curitiba. Entretanto, na última quinta-feira (15), a gestão do governador Beto Richa (PSDB) não só acatou a proposta do Atlético em aumentar o repasse para a Arena, como notificou a prefeitura para que fizesse o mesmo. Agora, governo estadual e Furacão querem que o valor do acordo tripartite seja de R$ 346,2 milhões, referentes ao valor final da obra, considerando, segundo o Atlético, inflação e o novo caderno de encargos da Fifa.
Sexta-feira, via nota, a prefeitura se disse surpresa com a decisão do governador Beto Richa em aumentar o repasse. Em nota, o município lembra que em 2014 o próprio governador havia afirmado que não acataria o pedido de Petraglia de atualizar o valor da Arena.
“Vocês conhecem a prefeitura, o governo do estado e os dirigentes do Atlético. Vocês sabem quem está falando a verdade”, declarou Richa no dia 5 de fevereiro de 2014, rebatendo acusação de Petraglia de que estado e município não cumpriam o acordo tripartite com o valor atualizado.
A declaração de Petraglia de que o Atlético bancaria sozinho o valor atualizado da reforma da Arena em 2012 veio após a pergunta do então deputado Fábio Camargo, que presidia a reunião da CPI: “Os itens extra-orçamento, de quem o senhor Imagina que seria a responsabilidade pelo pagamento, da CAP S/A, ou dos órgãos públicos?”.
“[Essas diferenças ficaram acordadas que seriam o total da obra, de R$ 184 milhões, valores líquidos e de R$ 200 milhões, brutos, base de outubro, seriam compartilhados de 1/3, 1/3, 1/3. Eu falei “Governador e o Prefeito por favor fiquem tranquilos’ que se extrapolar fora da correção normal, porque o próprio potencial construtivo também corrige pela inflação, que será de responsabilidade única e exclusiva do Clube Atlético Paranaense. Jamais disse e prometi e não faremos a busca de mais um tostão do poder público”, respondeu o presidente do Atlético à época.
Além de Camargo, também estiveram presentes na reunião de 2012 os parlamentares Ademir Bier, Mauro Moraes, Toninho Wandescheer, Gilberto Ribeiro e Ney Leprevost.
Deixe sua opinião