Em seu primeiro jogo pelo Atlético, Jorginho fez poucas alterações na equipe| Foto: Antônio More/ Gazeta do Povo

Diretor fora

A passagem do diretor Sandro Orlandelli pelo Atlético durou apenas seis meses. Credenciado por ter trabalhado mais de dez anos no Arsenal, da Inglaterra, ele era o responsável pelas contratações. O fraco desempenho do time e o insucesso dos reforços – apenas Zezinho e Weverton agradaram – abreviaram a passgem do dirigente, que ficou marcado por ter admitido interferência na escalação do ex-técnico Carrasco.

"Agradeço profundamente ao presidente Mario Celso Petraglia pela oportunidade de trabalhar neste grande clube. Desejo sorte", disse, via site oficial do Atlético. O diretor-geral Dagoberto dos Santos assume a função.

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Pinheirão

Após 20 anos, Atlético aguarda indenização milionária da Federação

André Pugliesi

O arremate do Pinheirão no leilão da última quinta-feira – por R$ 57,5 milhões, comprado pela JD Agricultura e Participações Sociais Ltda. – fez o Atlético esfregar as mãos. O clube é credor da Federação Paranaense de Futebol (FPF) em R$ 17,9 milhões e, com a venda do estádio, espera, enfim, receber esse montante.

No entanto, o Furacão terá de esperar até que o arremate seja confirmado pela Justiça.

A FPF tem duas ações judiciais em trâmite sobre a questão.

O crédito atleticano tem origem numa ação movida em 1992, por iniciativa de seu presidente, José Carlos Farinhaqui, visando ao rompimento do contrato de parceria com a FPF. Àquela época, o Furacão mandava os seus jogos no Pinheirão e pretendia retornar para a Baixada, de onde saiu na metade dos anos 80 rumo ao Tarumã.

O clube alegava o descumprimento de uma das cláusulas, que previa o repasse por parte da entidade de 10% dos benefícios auferidos pelo estádio – comercialização de cadeiras, camarotes, alimentação, estacionamento, etc. A discussão durou até o fim dos anos 90, quando a demanda atleticana foi julgada procedente em definitivo. De acordo com o balanço de 2011 da FPF, a indenização devida é de R$ 17,9 milhões.

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O Atlético estreia hoje o ter­­ceiro treinador em 2012, mantendo uma incômoda sina que persegue o clube nos últimos anos: a alta rotatividade de comando. A bola da vez é Jorginho, técnico que levou a Portuguesa ao título da Série B em 2011 e que tem a tarefa imediata de aproximar o time de maior orçamento da competição à zona de classificação à elite. O adversário é o Bragantino, o contraponto perfeito ao Rubro-Negro, com Marcelo Veiga no comando há quase cinco anos. O jogo é às 16h20, no Gigante do Itiberê, em Paranaguá.

Só em 2011, seis treina­­do­­res sentaram no banco de reservas atleticano. Nes­­te ano, já se foram Juan Ramón Carrasco e Ricardo Drubscky. A média é de pouco mais de dois meses de emprego. "É uma garantia de que eu talvez vá rápido também", brincou Jorginho, surpreso com a marca. "Isso tem de acabar porque só prejudica o Atlético", completou, sem prometer melhora imedia­­ta na pontuação do clube nem sua permanência até o fim do ano.

A cada troca no co­­man­do, outras tantas alterações ocorrem dentro de campo. Filosofias e métodos de trabalho particulares que respingam de imediato nos jogadores. Uns buscam recuperar espaço. Outros tentam se manter entre os preferidos. Por isso a expectativa é grande no elenco atleticano.

"Um novo comandante dá ânimo, faz com que os jogado­­res se dediquem e treinem mais forte. Queremos mostrar trabalho e ter oportunidades", comentou o zagueiro e lateral-esquerdo Bruno Costa, que espera com Jorginho ganhar a tão almejada "sequência de jogos" – ele jogou 18 vezes neste ano, sendo 11 como titular, e deve seguir no time, pelo menos na tarde de hoje, na lateral esquerda.

No entanto, há no grupo quem não avalie essa alternância como algo positivo, relacionando esse vai-e-vem à má fase do Furacão no Brasileiro – a equipe tem apenas sete pontos em seis jogos. "Complica um pouco porque cada treinador que chega tem seu estilo e preferência, e isso faz com que o time não tenha cara. Prejudica o trabalho", opinou o goleiro Weverton, que foi campeão da Segundona pe­­la Lusa, com as orientações de Jorginho.

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Para o arqueiro, essa rotatividade precisa acabar o mais rápido possível. "Agora o objetivo é manter o mesmo técnico até o final do ano porque precisamos reagir no campeonato. Já está mais do que na hora de mostrar a nossa cara e mostrar que a camisa é forte", fechou.

Reforço

Ontem, o clube anunciou a contratação do lateral-direito Daniel, de 22 anos. Ele foi revelado pelo Internacional e estava no São Caetano.

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