O capitão Weverton tem papel decisivo na luta para a reabilitação do Atlético. Goleiro traz experiência ao jovem time rubro-negro| Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo

O Atlético chega à partida de hoje, às 16 horas, contra o Corinthians, na Arena da Baixada, em seu pior momento desde a volta de Mario Celso Petraglia à presidência, em dezembro de 2011.

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Uma gigante lacuna entre a promessa de formação de times campeões e o investimento mínimo no elenco desta temporada ameaça colocar o Furacão na zona de risco para o rebaixamento. O clube, que começou a rodada na 13.ª colocação, com 28 pontos, torce hoje para Botafogo, Bahia e Palmeiras não vencerem. Caso contrário, se perder para o Timão, um cenário de ainda mais pressão tomaria conta CT do Caju.

No momento, o panorama já é desolador. Dos últimos 30 pontos disputados, a equipe rubro-negra venceu apenas seis – aproveitamento de 20%. Os jogadores, que tiveram três treinadores diferentes nos últimos dez jogos (Doriva, Leandro Ávila e Claudinei Oliveira), não respondem com resultados às teoricamente revigorantes trocas de comando.

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Com quatro cartuchos queimados no banco de reservas (o espanhol Miguel Ángel Portugal iniciou a temporada), o Rubro-Negro também não tem mais o tempo como aliado. O time perdeu embalo depois da parada da Copa, período que seria para se fortalecer para o resto do ano.

A eliminação na Copa do Brasil para o modesto América-RN reforça a situação, colocando em dúvida a viabilidade do DIF (Departamento de Inteligência do Futebol) e o trabalho de Márcio Lara. Homem de confiança de Petraglia desde o período de campanha – foi cabo eleitoral da chapa CAP Gigante –, o conselheiro foi alçado ao cargo sem nunca ter trabalhado próximo ao futebol.

Com dinheiro escasso para contratar por causa da conta a ser paga pela reforma da Arena, o Atlético passou a trazer jogadores abalizado apenas nas informações do DIF e de Lara. A falta de poderes foi um dos motivos da saída de Antônio Lopes do clube, em junho.

A própria aposta atleticana em jovens corre risco de ser queimada pela atual política de contratações. Ao todo, o Atlético trouxe oito jogadores em 2014 (Bady, Bruno Mendes, Cléo, Gustavo, Natanael, Olaza, Paulinho Dias, Sueliton), mas na outra via perdeu Manoel, Éderson, Leo, Luiz Alberto, Bruno Silva, Everton e Paulo Baier.

A dificuldade sobra na mão de nomes como o capitão Weverton – um dos remanescentes de 2013, ao lado de Deivid e Marcelo, entre os titulares de Mancini, 3.º lugar no Brasileirão. E do técnico Claudinei Oliveira. "Falta um pouco de equilíbrio. É isso que vamos passar para os jogadores ", fala o técnico, que só venceu uma vez em seis jogos no clube. "Temos conversado para minimizar erros e otimizar o tempo que temos", conclui.

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Furacão põe crise ofensiva à prova hoje

Sem balançar a rede há três jogos, o Atlético tem a missão de furar a defesa do Corinthians hoje, na Arena da Baixada.

Segundo clube menos vazado do campeonato, com 17 gols, três atrás do Grêmio, o Timão tem outra estatística que demonstra como é difícil passar pelo goleiro Cássio. Como visitante, os comandados de Mano Menezes levaram apenas seis gols em 11 duelos – média de 0,54 por jogo.

"O Corinthians é uma equipe muito sólida desde a primeira passagem do Mano, depois com o Tite, e com o Mano de novo", ressalta o técnico Claudinei Oliveira.

"E aí cabe a nós encontrarmos esses espaços para jogar contra uma equipe tão sólida... A gente vai ter de encontrar esse caminho porque precisamos da vitória de qualquer forma no domingo", emenda o treinador, que conta com um retorno importante hoje.

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Douglas Coutinho, artilheiro rubro-negro no Brasileiro com sete gols, será titular ao lado de Marcelo após cumprir suspensão na derrota para a Chapecoense – ele não marca desde 10 de agosto.

Na criação, Sidcley, lateral de origem, deve ganhar a vaga de Bady, enquanto Natanael fica com a posição de Willian Rocha na lateral esquerda.

O Corinthians vem a Curitiba em meio a uma crise com a torcida. Sete integrantes da Camisa 12, segunda maior organizada do clube, fizeram um protesto na sexta-feira, no CT Joaquim Grava. Os torcedores estenderam quatro faixas no estacionamento, criticando o presidente Mário Gobbi e o técnico Mano Menezes.