A renovação de contrato do zagueiro Thiago Heleno foi oficializada nesta quinta-feira (12) pelo Atlético, mas ainda há uma importante negociação do clube indefinida para 2017. Veja abaixo como está a situação que envolve saída do meia Marcos Guilherme para o Flamengo e a permanência do lateral Léo no Furacão.
No fim de dezembro, o Atlético propôs uma troca ao Flamengo. Mandaria Marcos Guilherme por empréstimo de um ano ao clube carioca e receberia em troca os empréstimos de Léo e do meia Ederson pelo mesmo período.
Parte da diretoria do time da Gávea não gostou da oferta e o nome de Ederson foi tirado do acordo. O atacante Paulinho foi oferecido em seu lugar. O Atlético recusou. Internamente, os flamenguistas questionam “por que tudo tem de ser bom apenas para o Petraglia?”.
Enquanto isso o Atlético, que já tinha a autorização do Flamengo para acertar o salário com Léo, teve de lidar com uma situação delicada. O jogador recebeu oferta mais vantajosa do rival Coritiba, mas o Furacão cobriu o salário e alinhavou a situação.
Até o início desta semana, tudo se encaminhava para uma troca simples do meia pelo lateral. O empresário de Marcos Guilherme, Pablo Miranda, aguardava o sinal verde do Atlético para negociar salários com o Fla. Sinal que não veio até agora.
O Atlético voltou a exigir Ederson no negócio – além de Léo – para liberar Marcos Guilherme. Com o lateral-direito, o Atlético já se acertou. Segundo o empresário dele, Antônio Guga, tudo depende da resposta do Flamengo.
“Está praticamente tudo certo com o Atlético”, confirma. “Mas se a até segunda-feira (16) isso não se resolver, o Léo se apresenta ao Flamengo e eles decidem se ele fica ou emprestam a outro clube”, emenda.
A reportagem apurou que Ederson não tem intenção de sair do Rio de Janeiro, onde vive desde que chegou da Lazio, da Itália, em julho de 2015. Esse é o principal empecilho para ele vir para o Atlético.
Segundo o presidente do Atlético, Luiz Sallim Emed, uma definição é esperada nesta sexta-feira (13). “Eles vão falar com ele pessoalmente e decidir o futuro”.
Um possível retorno do atacante foi discutido ainda em dezembro, na última rodada do Brasileiro. Porém a questão esbarra em valores – a diretoria atleticana não quer pagar. O avante tem contrato com o Atlético e voltaria para o CT do Caju em dezembro de qualquer forma.
Se não negociar o jogador até o fim do ano, o Flamengo terá de pagar cerca de R$ 20 milhões à Doyen, empresa que comprou 50% dos direitos econômicos de Cirino em 2014. Por isso, o Fla até tentou colocar o jogador no negócio por Marcos Guilherme, mas a proposta não foi aceita nestas condições.
Marcelo não quer ficar no Rio e o Internacional é um possível destino.
O Atlético quer Léo, o Flamengo quer Marcos Guilherme. Isto é fato. Mas do jeito que as coisas andam, o risco é grande de o negócio não acontecer. Alguém terá de ceder em algum ponto.
Lembrando que desde a saída de Atlético e Coritiba da Primeira Liga por divergências na divisão do dinheiro da televisão, a relação entre o Rubro-Negro paranaense e o carioca resultou em negociações menos amistosas entre as duas diretorias.
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