Fachada da Arena da Baixada: reforma deixou um rastro de dívidas e confusão na capital paranaense.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Governo do estado, prefeitura e Atlético se responsabilizam, cada um, por 1/3 do total da obra (fatias de R$ 61,5 milhões de acordo com a previsão inicial).

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A parte do governo esta­­dual é repassada à prefeitura em recursos para obras relacionadas à Copa do Mundo. O estado também se compromete, via Fomento Paraná, a pegar emprestado R$ 138,4 milhões do BNDES. O dinheiro é repassado ao Rubro-Negro. O poder público dá como garantia do empréstimo sua fatia do Fundo de Participação do Estado – dinheiro repassado pelo governo federal.

A responsabilidade da prefeitura é garantida por títulos do potencial construtivo que, ao todo, somam cerca de R$ 128 milhões (prefeitura + governo). Esse valor leva em consideração a valorização dos papéis. O próprio município vende o potencial no mercado em nome do Atlético. Na última atualização, o município disse ter repassado pouco mais de R$ 20 milhões ao clube.

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O Atlético alega que a Arena para o Mundial custou R$ 346,2 milhões, cifra que, segundo o clube, deve ser dividida por três, alterando toda a conta. Diante do impasse, o clube está em débito. A CAP S/A, gestora da obra em nome da agremiação, quitou apenas três parcelas do primeiro financiamento para levantar a Arena, feito em 2012. O saldo vencido é de R$ 9,8 milhões. O segundo contrato, referente a 2013, teve apenas duas parcelas pagas e totaliza dívida de R$ 4,4 milhões. A cobrança está na Justiça, com pedido de penhora dos bens atleticanos, inclusive o estádio.