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Após escanteio cobrado por João Paulo, o zagueiro Cleberson (camisa 4) sai para comemorar o gol do Atlético, enquanto os paranistas pedem impedimento | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Após escanteio cobrado por João Paulo, o zagueiro Cleberson (camisa 4) sai para comemorar o gol do Atlético, enquanto os paranistas pedem impedimento| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

Aos 20 anos, em sua primeira temporada como pro­fissional, o zagueiro Cleberson já tem muita história para contar. Foi ele o herói do dramático acesso do Atlético, no empate por 1 a 1 com o Paraná, ontem à tarde.

Com 30 minutos de clássico, o novato desafogou o nervosismo da torcida no Janguito ao marcar o gol rubro-negro. João Paulo cobrou escanteio pela direita, a bola bateu num paranista e se ofereceu pra Cleberson, livre, desviar do goleiro Luís Carlos: 1 a 0. Foi o primeiro gol dele na carreira entre os adultos. Tanta emoção que o zagueiro mal conseguiu falar sobre o lance, ao ser questionado pelos repórteres no intervalo. "Foi demais. Foi demais", repetiu, nas duas vezes em que foi perguntado.

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Decisivo no ataque, também foi crucial na defesa. Eram jogados 44 minutos da etapa final, quando o jovem atleticano salvou uma bola em cima da linha que, àquela altura, com o empate e a vitória do São Caetano sobre o Guarani, adiaria a promoção tão esperada.

"Foi uma emoção muito grande. Eu trabalhei muito o ano inteiro, forte, sempre dando o meu melhor. Acabei recompensado. É uma alegria muito grande conseguir voltar para a Primeira Divisão, ainda mais num clube como o Atlético, que nos dá toda a estrutura. Quero jogar a Série A agora", declarou o jovem de 1,85 m.

O paulista de Macatuba iniciou a caminhada esportiva no Andraus, clube da região metropolitana de Curitiba. Desembarcou na Baixada como volante de origem, mas firmou-se definitivamente como zagueiro, atuando ao lado de Manoel, outro prata da casa. Os dois, mais o goleiro Weverton, foram os atletas que mais atuaram na Série B, 33 vezes.

Antes de assumir a titularidade na zaga, entretanto, ele ganhou a confiança dos rubro-negros ao sair-se bem numa tremenda "fria". Improvisado como lateral-direito pelo treinador uruguaio Juan Ramón Carrasco no segundo Atletiba da decisão do Paranaense, Cleberson teve atuação de veterano.

Já no Brasileiro, Carrasco passou a aproveitá-lo na defesa. Com o transcorrer dos confrontos, ele foi exibindo ainda mais confiança, apesar da pouca idade. Foi mantido na passagem de Jorginho e Ricardo Drubscky e fez do Furacão a defesa menos vazada da competição, ao lado do Goiás, com apenas 37 gols sofridos em 38 partidas.

O bom desempenho já chamou a atenção de outros clubes do país. Especulações apontam um interesse do Corinthians no futebol de Cleberson. No entanto, será preciso gastar para tirá-lo do Furacão, já que ele tem contrato assinado até setembro de 2016.

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