Em entrevista à Rádio 98 FM, nesta segunda-feira (26), o técnico do Atlético, Ricardo Drubscky, revelou que ainda não se desligou completamente da tensão que envolveu o clássico de sábado com o Paraná - empate por 1 a 1 que garantiu a volta do Furacão à elite nacional. O treinador diz que não consegue dormir bem desde o dia da partida.
"Do jogo propriamente dito, desliguei rapidamente. Mas não tem como descarregar o pós-jogo e o pré-jogo. Desde a semana da partida do Criciúma [sete dias antes] a gente gerou uma expectativa, que não aconteceu e durou mais uma semana, um conjunto de tensão, cobrança e emoção. Não estou naquele estado estável. Dormi mal duas noites", contou Drubscky.
Nesta segunda, o técnico viu o vídeo da partida. "O Atlético jogou melhor que o Paraná e mereceu vencer. O gol que tomamos, numa infelicidade nossa, deu ares de tensão. Mereceu vencer o jogo, empatou, mas adiantou", disse, apesar da queda do time no segundo tempo e da pressão paranista no final, com direito a bola salva em cima da linha pelo zagueiro rubro-negro Cleberson.
O técnico afirmou que o time atual será um ponto de partida para 2013. "Destes 23 jogos [com ele no comando], apenas em um não fizemos gols. Número importante. Tivemos apenas duas derrotas. Se não tivesse uma qualidade de jogo ao menos razoável, não faria essa sequência. Não precisaremos começar do zero e sim de um ponto bom", contou.
Drubscky "sente" que ficará
O Treinador, que tem contrato apenas até 31 de dezembro, acredita que continuará no Atlético. "Acho que fico, pelo que sinto. Eu quero continuar e aceito uma sequência do projeto. Conversei com o [presidente Mario Celso] Petraglia ao telefone no sábado à noite e com o Dagoberto [dos Santos, diretor geral] agora [segunda-feira] no CT. Nada diretamente sobre permanência e time", disse o técnico.
Drubscky acredita que a decisão não tardará, até pelo tempo que resta de contrato. "Se não houver acerto, já teriam avisado. Eu disse antes da retomada que não volto para o time sub-23", disse o treinador, que chegou brincou: "A seleção [brasileira] está sem treinador".
Pênalti
Drubscky contou que o atacante Marcelo - que desperdiçou pênalti sofrido por ele próprio quando o clássico estava empatado por 1 a 1 - era um dos jogadores destacados para bater caso surgisse uma penalidade máxima.
"Eu guardo todas minhas preleções em power point, pois são documentos. Lá, coloco quem são os batedores de falta, pênaltis e corners. Além disso, deixo afixado no vestiário para que os jogadores possam rever. Dos que começaram, Elias, Marcelo e Marcão batiam. Paulo Baier é outro que pode bater quando entra em campo [havia entrado no jogo dois minutos antes]. O Felipe, que não jogou, é um dos melhores. Elias é o mais frequente, mas tinha saído. Eles decidiram entre eles pelo Marcelo. Bem escolhido, mas infelizmente perdeu", contou Drubscky.
Sobre Marcelo, Drubscky falou também que já conhecia o atacante dos tempos de base e que isso ajudou o jogador a se recuperar e fazer uma boa Série B - foi o artilheiro do time. "Eu já conhecia da base. No terceiro dia da primeira passagem, disse que ele estava diferente. Vi ele treinando do jeito dele, quietinho. Não vou puxar os méritos para mim, pois o Jorginho também gostava dele. Quando voltei, mantive no time, conversei bem com ele e ele se iluminou", disse o treinador.
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