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Era obrigação do Atlético retornar já neste ano para a Primeira Divisão. A tarefa foi cumprida, sim, mas o torcedor não merecia ter sofrido tanto nos acréscimos da última partida do ano, ainda mais depois de todas as privações que precisou enfrentar para não deixar o Rubro-Negro órfão de apoio. Merecia mais tranquilidade, mais sossego e, acima de tudo, mais certeza.

O Furacão fez uma campanha digna de campeão no segundo turno e mesmo assim por pouco não ficou de fora. Claro que o nível da competição, com a pontuação lá em cima, foi uma dificuldade extra. E a falta da Arena um empecilho imensurável.

Mas os equívocos não se justificam. Serviu de recado e de lição para a diretoria em 2013. O maior orçamento da Série B se consertou no meio do caminho, com os cofres abertos para acertar o time que caminhava para mais um ano no segundo escalão.

Na competição com Goiás, Vitória, Criciúma e São Caetano, dá para correr atrás. Só que os concorrentes que tem na elite são mais inchados financeiramente. Por isso, o tal planejamento não pode ser mudado no meio do caminho. É preciso começar o ano com o time que vai aguentar o tranco até dezembro.

É essa certeza que o torcedor precisa, de que terá um time capaz de ao menos permanecer na Série A. O caminho é o departamento de futebol acertar em cheio para não ficar de teste em teste, como foi no primeiro semestre. A categoria de base é fundamental, é – Cleberson está aí como prova. No entanto, não é suficiente. A torcida quer mais. E tem o direito de pedir mais.

*Gustavo Ribeiro cobriu toda a trajetória do Atlético neste ano para a Gazeta do Povo

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