João Augusto Fleury (esq.) e Mario Celso Petraglia (dir.), em 2008: ex-aliados agora são adversários políticos na Baixada.| Foto: Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo

Os grupos de oposição para a eleição presidencial do Atlético, marcada para dezembro, ganham cada vez mais adeptos. Depois do advogado Henrique Gaede e do ex-presidente José Carlos Farinhaki manifestarem interesse em tentar tirar Mario Celso Petraglia do poder, uma nova chapa,organizada pelo empresário Louremar Ribeiro, garante já ter assinaturas e nomes prontos para registrar uma candidatura.

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Todos, no entanto, têm um elo: o apoio de João Augusto Fleury da Rocha, presidente rubro-negro entre 2004 e 2008, e antigo “petraglista”. Ele tem agido como um articulador de toda a oposição. O objetivo é juntar as forças e lideranças existentes para evitar que uma divisão diminua a força dos candidatos antiPetraglia.

“Estou fazendo uma costura política para tentar aglutinar estes grupos em torno de uma proposta unificada”, explica Fleury. Para ele, se forem registradas mais de uma chapa de oposição nas eleições, Petraglia – ou o candidato que lançar – vencerá. “Será inevitável, se não estivermos juntos e sustentados em patamares fortes”, diz.

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Embora o “coro” dos insatisfeitos com a administração do atual presidente cresça, Fleury diz acreditar que dois fatores podem dificultar os objetivos da oposição: os resultados do time em campo e a decisão de Petraglia em concorrer no pleito, em vez de apenas indicar um sucessor.

Embora Petraglia, que conseguiu ampliação de um ano no mandato, já tenha dito que não tem interesse em encabeçar uma chapa, Fleury garante que nos bastidores ele já se movimenta. “Talvez tenhamos uma tentativa de reeleição. Quem está com ele são atleticanos muito jovens, sem história. Os nomes não repercutem junto ao torcedor”, analisa.

Fleury e Petraglia já comandaram juntos o Atlético. Parceiros desde 1995, foram presidentes dos conselhos Administrativo e Deliberativo, respectivamente, de 2004 a 2008, quando romperam. Fleury se diz disposto a combater o atual estilo de presidência. “Não concordo com esse modelo de gestão estilo Eurico Miranda”, critica.