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Paranista Giancarlo e o ‘sabor de mel’  por vencer o ‘time do fim da rua’ | Marco André Lima/ Gazeta do Povo
Paranista Giancarlo e o ‘sabor de mel’ por vencer o ‘time do fim da rua’| Foto: Marco André Lima/ Gazeta do Povo

Tática

O Paraná achou sua melhor formação no último jogo, justamente contra o Atlético. Do lado do Rubro-Negro, voltam os titulares como Crislan e Hernani.

De propósito ou sem querer, os camisas 9 de Atlético e Paraná sabem bem como motivar um clássico: a combinação bola na rede e a saudável provocação ao adversário.

Hoje, no Ecoestádio exclusivo para atleticanos, Giancarlo, pelo lado do Tricolor, e Crislan, do Rubro-Negro, terão a chance de fazer o tira-teima de quem poderá ser mais decisivo a partir das 18h30. Ao vencedor, a vantagem de, quem sabe, arriscar mais frases de efeito para o segundo jogo das quartas de final, na Vila Capanema apenas para paranistas, no próximo domingo.

O centroavante paranista tem na conta as frases esquenta-clássico mais recentes. Na semana passada, marcou três gols sobre o Furacão, pediu música no Fantástico. "Escolhi ‘Sabor de Mel’, uma música gospel que tem esse refrão, porque a vitória teve sabor de mel".

Logo depois do jogo, declarou que era "muito bom marcar três gols no time do fim da rua", antes de se dar conta que, pela classificação dos dois times, se confrontariam hoje novamente, no primeiro mata-mata do Estadual.

Nada foi provocação, ele garante, apenas comemoração. Milton Mendes, seu treinador, endossa: "Não vi nada demais no que foi falado. O Giancarlo fez uma declaração que achou adequada. Pelo contrário, vi, sim, do outro lado, alguém falar que ia atropelar o Paraná", alfinetou, referindo-se à declaração do volante atleticano Otávio.

Enquanto Giancarlo tem a liberdade para falar o que e quando bem entende, com a confiança do treinador, Crislan tem pouquíssimos registros de declarações feitas em 2014, até porque a política atleticana restringe as entrevistas do seu elenco à imprensa e regula até mesmo o uso das redes sociais dos atletas.

Ainda assim, o "Neymar do Piauí", como se autointitulou, mostrou que sabe como inflar um clássico com a combinação gol mais falatório.

No ano passado, em seu primeiro ano no Furacão, marcou o terceiro gol no 3 a 1 sobre o Coritiba – jogo que garantiu o Rubro-Negro na final, em uma partida em que os meninos do sub-23 venceram um Coxa estrelado por Rafinha, Alex e Deivid. Na saída do jogo, disse: "Algumas pessoas brincaram que se eu quisesse ser conhecido, tinha de fazer um gol em Atletiba".

A frase em si não foi suficiente para causar rebuliço, mas, no lance do gol, o atacante provocou Escudero. Rafinha, na semana seguinte, declarou que a vontade de fazer a revanche com o "agora conhecido" camisa 9 atleticano tinha ficado grande por causa do falatório. Hoje o atleticano leva a vantagem de contar com a torcida do Furacão, única autorizada a entrar no estádio.

"Quem vai rir por último?", questionou o técnico atleticano Petkovic.

As línguas estão afiadas.

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