A torcida organizada Os Fanáticos exaltou os atleticanos que ficaram pouco mais de um mês presos em Joinville em razão da confusão generalizada com vascaínos na última rodada do Brasileiro do ano passado, em 8 de dezembro. Na última segunda-feira, 16 rubro-negros e um cruzmaltino foram liberados da prisão na cidade catarinense.
"Tenho orgulho de todos os meus irmãos que brigaram em Joinville, que assumiram a bronca e foram presos como homens. Mais uma vez provaram que possuem caráter e ideologia de torcida", diz a nota assinada pelo ex-vereador Julião Sobota, que reassumiu a presidência da organizada neste ano.
Sobota voltou a defender que os envolvidos na briga foram vítimas na situação. Segundo ele, os torcedores pagaram pela falta de segurança na Arena Joinville e apenas se defenderam dos vascaínos que estariam invadindo o espaço dos atleticanos. Ainda de acordo com ele, houve uma "superexposição" do confronto.
"Nós vemos estas imagens todos os dias. Vivemos em um mundo violento e isto é um problema social. Não adianta querer responsabilizar as torcidas organizadas por isso", escreveu.
No comunicado, o ex-vereador reclama da atuação das autoridades e prevê novos confrontos com integrantes da Ultras, a outra torcida organizada do Rubro-Negro. A última briga entre os dois grupos foi no Atletiba, no mês de outubro. Atualmente, materiais que façam referência aos Fanáticos, como faixas, estão proibidos de entrar nos estádios. Já a Ultras está com os produtos liberados.
"Estamos cansados de participar de reuniões, acatar todas as instruções que nos são repassadas e ainda assim arcar com toda a responsabilidade. No dia do jogo temos que lidar com soldados despreparados e ignorantes", afirma.
"Temos a sequência do Paranaense, Brasileiro, Libertadores, Copa do Brasil, Copa do Mundo... Se medidas não forem tomadas, o oportunismo destes marginais que se intitulam torcedores organizados, só irá durar até que a próxima escolta não seja suficiente, pois para cada ação, existe uma reação de igual ou maior intensidade", diz em referência ao grupo rival.