Em alta
Santos
O goleiro mostrou que está no mesmo nível de Weverton. Bem nas bolas pelo alto, também mostrou segurança em baixo da baliza. Não teve influência na derrota. Volta para a reserva, mas pode ser escalado tranquilamente como titular.
Em baixa
Léo Pereira
Titular do Furacão desde o afastamento de Manoel (hoje no Cruzeiro), o jovem provou ontem que ainda não está pronto. Entretanto, deve seguir no time, até por falta de opção. Precisa amadurecer com os erros contra o Atlético-MG.
Opinião
Promessa para o futuro, garotada é sinônimo de novos tropeços
Fernando Rudnick
A diretoria do Atlético não esconde de ninguém que sua aposta é nas categorias de base, em jogadores jovens. Essa escolha que acredito ser correta traça um futuro promissor para o clube, mas também pode trazer percalços, exatamente como aconteceu ontem, em Belo Horizonte.
Formado no CT do Caju, o meia Marcos Guilherme, de apenas 18 anos, é o tal do jogador moderno. Corre muito, marca, mas também cria e tem técnica. Foi dele o único gol atleticano contra o Galo. Tem futuro certo.
O zagueiro Léo Pereira, com passagens por várias seleções de base, é outro considerado de potencial. Só que ontem, a inexperiência do jovem de 20 anos jogou contra o Furacão. Em um lance infeliz, matou o jogo para a equipe de Doriva. Certamente um aprendizado para o jogador.
Mesmo mais experiente, Deivid, também cria do Caju, fez outro gol contra e selou a derrota. Não foi a primeira nem a última desse time, que precisa ter o tempo como aliado.
Cléo
O atacante Cléo acredita que ainda precisa de ritmo de jogo para render no Atlético. O jogador de 28 anos, titular pela primeira vez no seu retorno ao clube, substituiu Éderson, negociado por empréstimo com o Al Wasl, dos Emirados Árabes Unidos.
"Venho trabalhando sério por três meses, esperando a chance e respeitando o Éderson. Agora que a vaga abriu e espero continuar e ajudar cada vez mais. É normal [a falta de ritmo]. Só vou conseguir jogando. Aos poucos vou melhorando", falou o camisa 9, que tem um gol marcado no Brasileiro.
O Atlético foi vítima do fogo amigo ontem, em Belo Horizonte. Não fossem os dois gols contra do zagueiro Léo Pereira e do volante Deivid, o Furacão poderia ter saído do Estádio Independência com pelo menos um ponto tomado do Atlético-MG. As falhas individuais, no entanto, selaram o revés por 3 a 1 o segundo consecutivo do time do técnico Doriva, que segue em nono na tabela.
"Demos o jogo para eles", sintetizou o atacante Douglas Coutinho. "Foi uma fatalidade. A equipe lutou, brigou, mas não conseguiu o resultado que esperava", acrescentou Cléo. A fatalidade citada pelo camisa 9, titular pela primeira vez no lugar do negociado Éderson, aconteceu aos 30 minutos da etapa final, quando a partida estava empatada e aberta. No cruzamento rasteiro de Luan, o jovem Léo Pereira, de 20 anos, cortou errado e mandou contra a meta de Santos. Lance que acabou com a reação do Furacão no jogo.
"Acontece, foi uma infelicidade. Fui para tirar e a bola acabou entrando", descreveu o defensor que já havia falhado feio aos 34 minutos do primeiro tempo, quando Marcos Rocha cobrou lateral e Leonardo Silva desviou de cabeça para abrir o placar.
Até aquele momento, a vitória era mais do que merecida para os donos da casa. O goleiro Santos fez duas boas defesas em chutes de Jô e Maicosuel e também contou com o travessão para parar uma bomba do meia revelado pelo Paraná. Deivid também salvou uma bola em cima da linha.
O sistema com três atacantes não funcionou e os visitantes perderam o meio de campo. A posse de bola foi do Galo por 60% do tempo. As finalizações também mostram a superioridade mineira: 16 a 8.
O Atlético até equilibrou o jogo na etapa final e empatou com Marcos Guilherme, aos dez minutos, de fora da área. Mas depois entregou a vantagem para a equipe do paranaense Levir Culpi e ampliou, com a pixotada de Deivid, a cinco minutos do apito final.
"Voltamos para o segundo tempo procurando mais o gol. Conseguimos, mas depois falhamos e tomamos dois", comentou o atacante Marcelo. "Pecamos em algumas bolas, agora temos de trabalhar para melhorar no jogo da próxima semana", alertou o lateral-esquerdo Natanael.
No domingo, às 16 horas, mais uma vez na Arena da Baixada sem público o penúltimo jogo da punição do STJD pela briga de torcidas em Joinville, no ano passado , o Atlético tentará se recuperar do momento ruim. O adversário é o Botafogo, primeiro time antes da zona de rebaixamento, do velho conhecido técnico Vagner Mancini.
"A minha primeira palavra no vestiário foi de encorajar a equipe, uma vez que erros acontecem até com os mais experientes. Teremos um confronto contra o Botafogo e não podemos pensar em outro resultado a não ser a vitória", pediu Doriva.
Revés faz Doriva voltar à "estaca zero"
Após vencer seus dois primeiros jogos no comando do Atlético, o técnico Doriva (foto) voltou ontem à estaca zero. Com derrotas seguidas para Fluminense e Galo com seis gols sofridos no somatório dos duelos , o treinador tem 50% de aproveitamento nos quatro jogos comandando o Rubro-Negro. Seus únicos triunfos foram contra Criciúma e Flamengo.
Para o comandante, a atuação fraca no primeiro tempo de ontem, no entanto, foi superada quando o Atlético empatou o jogo. "Foi uma partida difícil. Eles souberam se impor com as jogadas de bolas aéreas. Tivemos dificuldades, apesar de estarmos preparados para esse tipo de situação. Tivemos algumas chances no contra-ataque, porém fomos um pouco individualistas em alguns momentos. Eles aproveitaram as oportunidades e marcaram dois gols em falhas nossas, em um momento que estávamos melhor na partida", declarou o técnico, que tentará retomar as vitórias diante do Botafogo, em casa, no próximo domingo.
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