O volante Renan Foguinho, 23 anos, um dos destaques do time alternativo atleticano, não vê a hora de levantar a taça de campeão estadual. Um gostinho especial para quem, dos prováveis 11 jogadores que começarão o Atletiba de domingo (5), às 15h30, na Vila Olímpica, é o único paranaense.Londrinense, Renan Rodrigues da Silva começou a carreira em 2001, com 11 anos, no Junior Team, que na época cuidava das categorias de base do Londrina a emancipação do clube ocorreu em 2004. Levado ao local por indicação do pai de um amigo, Foguinho atuou pelas equipes mirim e infantil. Chamou a atenção e rumou para o Atlético em novembro de 2004.
"Até hoje nós estamos esperando o contrato de parceria com o Atlético", reclama Dedé Frisselli, coordenador geral do Junior Team, lembrando que o clube fez um investimento na formação do atleta. O dirigente conta ainda que, mesmo muito jovem, Foguinho, apelido por causa do cabelo ruivo, se destacava pela polivalência.
"Ele jogava como lateral, meia e volante. Sempre foi muito versátil. Dava mesmo a impressão de que iria virar [jogador profissional]", afirma Frisseli. "Sempre foi muito aplicado. Mesmo pobrezinho, não faltava treino e chamava atenção pela técnica", completa.
Já no Furacão, com 14 anos, Foguinho passou pelos times infantil, juvenil e júnior, quase sempre como capitão, e integrou o elenco campeão da Taça BH em 2006. Na sequência, foi convocado para defender a equipe de Curitiba nos Jogos da Juventude. Conquistou o título. Em 2008 subiu para o time principal por indicação do técnico Antônio Lopes, agora o diretor de futebol rubro-negro.
A estreia no "time de cima", porém, só ocorreu em fevereiro de 2009, sob o comando do Ney Franco. A partida foi contra o Paranavaí, quando substituiu o então capitão Claiton. No mês seguinte veio o tão sonhado primeiro gol, no duelo contra o Londrina. A coisa engrenou e Foguinho virou jogador de seleção participou, sem muito brilho, do Mundial sub-20 daquele ano.
Depois disso vieram os altos e baixos. Entre 2010 e 2011, o volante teve uma experiência, também apagada, na Bielorrússia, defendendo o modesto Dínamo Minsk. Retornou ao CT do Caju, convivendo mais com a reserva do que qualquer outra coisa.
Aí chegou 2013 e a opção da diretoria de usar um time formado por atletas com menos de 23 anos, sob o comando de Arthur Bernardes. Um dos mais experientes do grupo, virou líder, o "cão de guarda" da defesa atleticana. Sequência que, espera, o leve de volta ao time profissional por ordem do clube o volante não pode dar entrevista.
É o que os parentes de Londrina também esperam. Neste mesmo Estadual, quando foi jogar em Rolândia, contra o Nacional, foi recepcionado por uma faixa levada pelos fãs. "Renan Foguinho, incendiando o Furacão", dizia o material, que não deixaria o jogador encabulado se pintasse nas arquibancadas da Vila Olímpica, domingo.