O ataque atleticano ainda não desencantou na temporada. Das 21 partidas da equipe no ano, em 14 os jogadores do setor responsável pelo poder de fogo do time não conseguiram cumprir sua missão – ou seja, só atingiram o alvo em 7 confrontos.
O Furacão já foi às redes adversárias 26 vezes, mas apenas 10 dessas oportunidades tiveram especialistas da linha de frente como protagonistas. Até por causa dessa instabilidade ofensiva da equipe, o artilheiro do time, André Lima, com cinco gols, desabafou na última quarta-feira, pedindo mais tempo em campo.
ESTATÍSTICAS: confira os números ofensivos do Atlético na temporada
A súplica indireta ocorreu logo depois da derrota do Atlético para o Fluminense, na final da Primeira Liga. Reserva de Walter, ídolo rubro-negro que está em jejum desde o ano passado, ele foi colocado no duelo quando o time perdia por 1 a 0. “Respeito muito o treinador, ele que escala, mas não é sempre que consigo ajudar. De repente se tivesse entrado quando estava 0 a 0, poderia ter ajudado mais”, sentenciou, sobre ter entrado no jogo apenas aos 38 do segundo tempo.
Essa pressão extra na escalação do ataque vem às vésperas de outro confronto decisivo. O Furacão encara o Paraná, neste domingo (24), buscando uma vaga na final do Campeonato Paranaense. Após vencer a ida por 2 a 1, na Arena, precisa de um empate para avançar.
Vencer o goleiro Marcos no território do rival aproxima ainda mais o Rubro-Negro da classificação. Sem a taça da Sul-Minas -Rio, o Estadual é a única esperança de quebrar o jejum de sete anos sem títulos neste primeiro semestre. O último foi exatamente o Paranaense, em 2009.
Em comparação com o próximo rival, por exemplo, a baixa eficácia do ataque atleticano fica mais evidente. O ataque do Paraná, representado pelos atacantes Lúcio Flávio e Robson, marcaram 60% dos gols da equipe da Vila. Juntos, fizeram 13 dos 21 tentos do time no ano. Em mais da metade dos jogos, um dos dois balançou as redes, e em duas partidas os dois marcaram juntos.
No lado da Baixada, a porcentagem de gols marcados pelos atacantes é bem inferior: 38%. Com isso, o Atlético depende da contribuição de outros setores para buscar o triunfo, o que, quando não ocorre, como no jogo com o Fluminense, complica muito a vida do grupo do técnico Paulo Autuori. Mesmo a principal peça ofensiva do Furacão não tem número tão expressivo: marcou seus cinco gols em apenas 3 dos 21 jogos da equipe. O restante do ataque soma os mesmos cinco tentos do artilheiro, divididos entre Pablo, Cryzan, Anderson Lopes e Giovanny.
Paulo Autuori já deixou claro que pode usar André Lima e Walter juntos no ataque, mas não em todas as partidas – fez isso em parte do duelo de ida das semifinais do Estadual, contra o Paraná – e ainda revelou que depende de um tempo para trabalhar essa opção.
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