A sequência de confrontos contra adversários teoricamente mais fácies, figurantes das últimas colocações no Campeonato Brasileiro, não representou um final feliz para o Atlético. Ontem, no Maracanã, o Rubro-Negro teve uma atuação apagada e foi superado com facilidade pelo lanterna Vasco por 2 a 0.
ENQUETE: quem vai vencer o Atletiba?
Jogadores do Atlético lamentam tropeços contra times da ZR
A derrota por 2 a 0 para o lanterna Vasco, neste domingo (13), no Maracanã, deixou o Furacão mais distante do G4.
Leia a matéria completaO revés consolida um tabu recente atleticano na competição. Nas últimas três rodadas, o Furacão teve confronto contra times que brigam para fugir da zona do rebaixamento e não venceu nenhum – empatou com Joinville (vice-lanterna) e Figueirense (16º colocado), além da derrota para os cruz-maltinos.
O saldo desalentador tirou a equipe de Milton Mendes do G4 – era o quarto colocado na 22.ª rodada, caindo para a 7.ª posição, com 38 pontos e distante três do Flamengo, atual quarto colocado.
TABELA: veja a classificação da Série A
Além disso, a partida contra os cariocas marcou o início de uma sequência bem mais indigesta para o rubro-negro paranaense – o time tem agora dois jogos em Curitiba, ambos no Couto Pereira. Primeiro, como mandante, contra o Grêmio (3.º colocado), na próxima quarta-feira (16) – a Arena estará indisponível porque recebe o show de Rod Stewart no dia seguinte. Depois, o Furacão será visitante no Alto da Glória, no clássico Atletiba do próximo domingo ( 20).
“Rei” dos pênaltis
O zagueiro Kadu é o recordista em pênaltis no Brasileirão. Ontem, ele cometeu a quarta penalidade – já havia feito diante de Avaí, Santos e Inter, os dois primeiros defendidos por Weverton. Contra o Vasco, o pênalti no começo do 2º tempo minou as chances de reação atleticana em campo.
Apesar da queda de produção, o elenco rubro-negro diz não se abater. “Se o Palmeiras, com os mesmos 38 pontos, tem chance [de uma vaga no G4] por que a gente não?”, saiu indagando o artilheiro Walter, que teve uma atuação discreta no Rio. “Muita gente pensa que estamos lá [no pelotão de frente] por sorte, mas é qualidade. Estamos lutando e temos chances”, emendou.
A derrota no Rio foi construída com uma combinação que soma excesso de erros de passes, desatenção na defesa e um certo nervosismo, refletido principalmente nas falhas de marcação que originaram os dois gols, no começo de cada tempo.
No primeiro, a defesa deixou livre o lateral Julio César, que acertou um forte chute rasteiro, aos 4/1.º, abrindo o placar. No segundo, logo no primeiro minuto da etapa final, o zagueiro Kadu colocou o braço na bola na área, em pênalti convertido por Nenê.
“É complicado levar os gols no começo [de cada tempo], tentamos fazer o melhor e não conseguimos”, lamentou o técnico Milton Mendes.
Chave do jogo
Falhas defensivas foram determinantes para a derrota do Atlético. O pênalti cometido por Kadu no começo do segundo tempo foi determinante para o resultado
Craque
Nenê:
Teve personalidade e foi o jogador mais lúcido dentro de campo. Dominou o meio de campo, organizou o ataque vascaíno e deixou o dele de pênalti.
Bonde
Kadu:
Fez um pênalti infantil ao colocar o braço dentro da área. Perdido na marcação, viu o pior ataque da competição bombardear a meta de Weverton. Deu sorte de o árbitro não marcar outro pênalti que o zagueiro cometeu no primeiro tempo.
Guerreiro
Weverton:
Se não fosse pelo capitão, o Furacão poderia ter sido goleado. Não teve culpa nos gols e, como de costume, operou alguns milagres.
Cartões
Martín Silva (Vasco). Ewandro e Nikão (Atlético)
Gols
Júlio César aos 4 minutos do 1º tempo – 1 x 0 Vasco: Eduardo afastou de cabeça e a bola sobrou nos pés de Júlio César, que pela esquerda, entrou na grande área e chutou cruzado para abrir o placar.
Nenê aos 2 minutos do 2º tempo – 2 x 0 Vasco: Em cobrança de lateral pra dentro da grande área, Kadu colocou o braço na bola e o árbitro marcou o pênalti. Nenê cobrou com categoria no canto esquerdo de Weverton, que desta vez não conseguiu defender.
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