A G3 United, empresa contratada pelo Atlético para gerir a Arena Baixada, busca trazer a decisão do The Ultimate Fighter Brasil 4 para o estádio em 2015. O reality show de MMA, promovido pelo UFC, terá Anderson Silva e Mauricio Shogun como treinadores. Os ex-campeões lutarão no encerramento contra adversários ainda indefinidos.
Amanhã o UFC divulga o calendário de eventos para a próxima temporada. Entretanto, nem todas as datas escolhidas serão anunciadas com os respectivos locais. "Interesse nós temos, é claro, o UFC é uma grande marca. Mas preferimos esperar para tratar do assunto", diz Karla Kern, diretora da G3.
Fechar contrato com o principal organizador de lutas do mundo seria um trunfo para a nova parceira do Atlético na gestão da Baixada. Substituta da gigante americana AEG, a G3 United foi criada este ano, em julho, e enfrenta desconfiança pela falta de experiência.
"Entendo as manifestações dos torcedores e a comparação com a AEG. Nosso trabalho sempre foi muito low-profile [discreto]. Não gostamos de aparecer", declara Karla.
Montar o octógono no gramado representaria também uma resposta ao fracasso do Shooto Brasil. O evento de MMA estava programado para ser a primeira atração da parceria entre o Furacão e a G3. Acabou transferido para Brasília por causa do atraso na instalação do teto retrátil.
"Nós assinamos com o Shooto antes mesmo da disputa judicial por causa do teto retrátil. Não entro no mérito de quem estava certo ou errado, mas a decisão já havia sido tomada", justifica Karla.
Duas empresas curitibanas formaram a G3. A 153/BBA, dos sócios Laura Kern e Lucca Machado, e a RW7 Production & Entertainment, de Ruben Wagner e Danielle Assis.
A RW7 é do ramo de eventos. Trouxe recentemente para Curitiba os cantores Daniel, Seu Jorge e Jorge Ben Jor, além do conjunto Kid Abelha. A 153/BBA atua com planejamento estratégico na área de comunicação.
Preencher a agenda da Arena é um desafio para a empresa novata. Inaugurada em 1999, como estádio mais moderno da América Latina, jamais conseguiu assumir plenamente a vocação para multieventos.
A praça esportiva permaneceu ativa por cerca de 12 anos fechou de 2012 até o primeiro semestre de 2014, para a reforma do Mundial. Em mais de uma década, recebeu shows esparsos: Chitãozinho e Xororó, Sandy & Júnior e o festival Ruflles Reggae foram os destaques.
Os planos da G3 United são ousados. Pretendem atrair mais de 400 mil pessoas para a casa rubro-negra e gerar 15 mil empregos temporários. "Já temos seis atrações fechadas que divulgaremos em janeiro", revela Karla.
A intenção é diversificar: "Durante 40 dias por ano, o futebol domina o estádio. Nas demais datas, nós queremos trazer para Curitiba eventos de diferentes áreas, do segmento infantil até esportes radicais", comenta a representante da G3.
O contrato da empresa com o clube, que prevê também a captação de naming rights, de acordo com Karla é "modular". "Cada caso é um caso. Podemos ser parceiros, investidores ou apenas captadores. E em alguns eventos o Atlético pode arcar com todas as questões envolvidas."
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