À torcida
O Atlético lançou em seu site um manual de conduta dentro da Arena. Está vetado "ofender, provocar, instigar a violência ou discórdia entre as torcidas ou torcedores". O clube proibiu ainda "cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas, inclusive de caráter racista ou xenófobo".
O Atlético vivenciou assim como hoje, às 19h30, contra o América-RN, pela Copa do Brasil outros dois reencontros com a Baixada em sua história, nos anos de 1994 e 99. Jogadores que participaram dos retornos confiam que a volta representa um impulso para clube, time e torcida.
INFOGRÁFICO: Veja a ficha da partida e os resultados que o Furacão precisa obter para se classificar
Em 1999, o Furacão reabria o Joaquim Américo em estilo arena, copiando os europeus. Cumpriu boa campanha no Brasileiro (seis vitórias, três empates e uma derrota em casa) e conquistou a Seletiva para a Libertadores (triunfou nos seis compromissos em Curitiba). "Tenho certeza absoluta dessa influência. Nosso time não foi bem no primeiro semestre, caímos na semifinal do Paranaense. Depois tudo se transformou. Fomos contaminados pela Arena", relembra o ex-atacante Lucas.
Um dos vértices do "quadrado mágico" com Kelly, Adriano e Kléber , Lucas marcou o primeiro gol do novo estádio, nos 2 a 1 sobre o Cerro Porteño em amistoso. Pendurou as chuteiras em dezembro de 2013 e hoje é embaixador do FC Tokyo.
Outro personagem desse jogo, autor do gol da vitória, Vanin reforça a tese. "Pelo formato do estádio, com a torcida muito perto, nosso time entrava sempre 'pilhado'. Sufocava os adversários e às vezes até se desarrumava taticamente. Mas funcionava", recorda o lateral, hoje técnico no Piauí.
Em 1994, o cenário era mais complicado. O Furacão vivia dificuldades financeiras e o palco foi reconstruído graças a um "mutirão" dos atleticanos, com doações e, inclusive, mão de obra. Apesar dos problemas, o Rubro-Negro fez valer o mando de campo. Não chegou à fase final do Brasileiro da Segunda Divisão, mas venceu cinco e empatou três dos jogos no estádio. Em 1995, sagrou-se campeão da Segundona e no ano seguinte foi 4.º na elite.
O ex-volante Leomar rememora: "Era um sofrimento jogar no Pinheirão. Quando voltamos, a torcida ficou muito contente, e o ambiente era outro, muito mais favorável, isso repercutiu no time", diz ele, hoje empresário de futebol.
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