Próximo de ser anunciado como reforço do Atlético para o restante da temporada, o argentino Lucho González chega ao Brasil com grande cartaz. Jogador de seleção argentina, colecionador de títulos – são 24 troféus na carreira em quatro países diferentes –, dez temporadas no futebol europeu.
Mas, aos 35 anos, o meia também carrega uma grande dúvida sobre o impacto que trará ao Furacão. Contratado pelo River Plate no ano passado, ele deixou o clube no último mês de junho, em fim de contrato. Não era titular, mas fez 31 jogos, com dois gols e uma assistência. Que imagem deixou por lá?
“No fundo, no fundo, foi um pouco menos do que se esperava dele. Mas, claro, o torcedor, o jornalista queria o Lucho de dez anos atrás, não o atual”, opina o jornalista do canal TyC Sports e da rádio Vorterix, Andrés Burgo.
“Ele voltou [para a Argentina] depois de jogar no Catar. Começou jogando a semifinal da Libertadores do ano passado, que o River ganhou. Na verdade nunca foi titular [na volta ao River]. Tem um bom toque de bola, sabe sair com a bola, sabe passar para o companheiro, o que não é pouco. O problema é que no River todos esperavam que ele fosse o jogador de dez anos atrás. Isso, claro, não existe mais”, completa Burgo, que descreve o desempenho físico do jogador como ‘correto para sua idade’.
Para Ariel Palacios, correspondente da Globonews na Argentina, a instabilidade econômica da Argentina pode ser um dos motivos da investida do meio-campista no Brasil. Em sua terra natal, só haveria outras duas possibilidades, jogar no Huracán (onde foi revelado), ou no Racing (seu time de coração). Opções que também poderiam representar retrocesso na carreira.
No Brasil, os salários são mais altos e a inflação está longe dos 45% registrados na Argentina nos últimos 12 meses. “Aos 35 anos, acho que ele está pensando no futuro”, acredita Palacios.
“Pode ser o começo do fim de sua carreira. Quem sabe depois ele vire técnico no Brasil. Ele é casado com uma portuguesa, fala português, seria uma vantagem no caso dele”, supõe o jornalista, que descreve Gonzáles como um atleta exemplar, que não tem seu nome envolvido em escândalos e com ‘perfil para ter treinador’.
Em campo, Palacios resume o ex-jogador do Porto e do Olympique de Marselha como um atleta com alta capacidade coletiva. “Não é fominha, não gera divisões dentro do elenco. Sabe jogar em equipe e é um jogador persistente, que não vacila”, garante.
‘El Comandante’, como Luis González é conhecido, não chegaria ao Brasil para ser um dos craques do campeonato, mas deve ser mais que um coadjuvante no Atlético.
“Suponho que é um desafio jogar em uma liga importante como a brasileira. Talvez se torne o líder da sua equipe”, prevê Burgo.
Governo pressiona STF a mudar Marco Civil da Internet e big techs temem retrocessos na liberdade de expressão
Clã Bolsonaro conta com retaliações de Argentina e EUA para enfraquecer Moraes
Yamandú Orsi, de centro-esquerda, é o novo presidente do Uruguai
Por que Trump não pode se candidatar novamente à presidência – e Lula pode
Deixe sua opinião