A Justiça de Santa Catarina negou habeas corpus a 12 torcedores do Atlético envolvidos na selvageria da Arena Joinville, na partida entre o Furacão e Vasco, na última rodada do Brasileiro, no dia 8 de dezembro. Onze deles foram presos em Curitiba na Operação Cartão Vermelho - que também fez prisões em Santa Catarina e no Rio de Janeiro. Um deles se apresentou à polícia já em Joinville, onde todos estão presos.
No despacho que proibiu a liberdade aos presos, emitido na última terça-feira, odesembargador Guilherme Nunes Bom alegou que não há garantias de que soltos os acusados não voltarão a causar transtornos. "A decretação preventiva da prisão dos pacientes é medida que se impõe, mormente que não se vislumbra garantia alguma de que, ao participar de novo evento público de massa, não venham a praticar os mesmos crimes, dos quais estão sendo denunciados", justificou o desembargador.
Os habeas corpus foram pedidos à Justiça em duas partes. Em processo individual, Willian Batista da Silva, cujas imagens sendo socorrido pelo helicóptero da Polícia Militar catarinense de dentro do campo da Arena Joinville se espalhou pelos jornais internacionais, foi o primeiro a ter o pedido negado.
Na sequência, tiveram os habeas corpus negados os atleticanos Agnaldo da Silva Reis, Rafael Enrique Marçal, Leonardo Rodrigo Borges, Luiz Felipe Menegatti Pereira, Rodrigo Augusto da Silva, Stevan Vieira da Silva, Gabriel Almeida Ziemer, Salatiel Dias Lima, Thiago Paese Weber, Daniel Gomes e Jorge Luiz de Oliveira Júnior.
O ex-vereador Juliano Borghetti, que se entregou à polícia no dia da Operação Cartão Vermelho, também segue detido em Joinville. Após se envolver na briga entre as torcidas de Atlético e Vasco, o político pediu demissão do cargo de superintendente da Paraná Projetos, autarquia do executivo estadual ligada à Secretaria do Esporte e Turismo.
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