
Dos jogadores do Atlético, ele é o primeiro a sair de trás da porta automatizada do aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro. Paulo Baier caminha a passos lentos em direção aos jornalistas que se amontoam em frente ao desembarque para tentar uma palavra do meia.
Ele para. Abre um sorriso. Passa a mão nos escassos cabelos. Escoltado por um segurança, responde a algumas perguntas. Anda mais um pouco. Para novamente. Mais perguntas. Enquanto isso, o restante do grupo passa pelo batalhão de repórteres e caminha até o ônibus da delegação sem receber o mesmo assédio.
A cena de ontem é simbólica para o veterano. É claro que ele foi escolhido pela assessoria de imprensa do clube para chamar a atenção e responsabilidade no momento mais importante da temporada atleticana. Mas, prestes a decidir a Copa do Brasil contra o Flamengo, o camisa 30 também vive o seu momento mais marcante em 18 anos de carreira.
Jogador de poucos títulos três estaduais, uma Série B e uma Sul-Minas , Baier pode alcançar uma conquista nacional hoje, a partir das 21h50. O que ganha ainda mais peso por se tratar de um clube com o qual criou um relacionamento forte, que supera o comum.
"Acredito que todo jogador sonha em fazer uma final no Maracanã. Estou tendo essa oportunidade antes de encerrar a carreira. Aos 39 anos, ter esse privilégio de jogar uma final com a casa cheia no Maracanã. Vai ser um grande jogo. Tomara que o Atlético saia campeão", falou, em uma das rápidas paradas antes de seguir para a concentração em Copacabana.
Em 2013, Baier mudou de planos rapidamente. Iria se aposentar, mas resolveu estender a vida futebolística por mais um ano. Ouviu do presidente Mario Celso Petraglia que não teria o contrato renovado, mas o clamor das arquibancadas foi responsável por sua permanência no CT do Caju.
Foi o primeiro a chegar à marca de 100 gols em campeonatos de pontos corridos. Agora, a questão é gravar definitivamente seu nome na história do Atlético como campeão, não apenas como o Maestro que marcou época.
E ele quer muito o título. "Ele já me disse diversas vezes que preferia ser campeão do que ter seu contrato renovado. Se tivesse que escolher, ele não tinha dúvida alguma", atesta o empresário do gaúcho de Ijuí, Neco Cirne.
"A torcida é doida pelo Paulo. E ele vai fazer de tudo para dar essa alegria a eles", acrescenta, fugindo da polêmica de que Baier não é vencedor, citada por Petraglia em entrevista à ESPN Brasil em outubro.
Hoje, com a taça na mão e a resposta dada sem abrir a boca, ele espera ser o último a sair do gramado do Maracanã.
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