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Mancini tenta moldar um exército no grupo atleticano | Daniel Castellano / Gazeta do Povo
Mancini tenta moldar um exército no grupo atleticano| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo
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Adversário

Ney se inspira no Atlético: "Estamos trabalhando para dar uma arrancada"

Eduardo Martins/A Tarde

A reação atleticana no Brasileiro – saindo da vice-lanterna para o G4 em oito rodadas – é inspiração para Ney Franco, técnico do Vitória, adversário do Furacão hoje, às 18h30, na Vila Capanema. De acordo com o treinador, que esteve na Baixada entre 2007 e 2008, ainda é possível se aproximar do G4. Antes do início da rodada, o clube baiano estava na nona posição, com 31 pontos.

"O Atlético vive um bom momento. Inclusive, é uma equipe que serve de referência para a gente. Estamos trabalhando para dar uma arrancada, ter uma sequência de vitórias. Nós já estamos com uma sequência de jogos somando pontos, então entendemos a dificuldade do jogo [em Curitiba], mas o objetivo é ir lá e pontuar", diz o treinador, que não descarta o empate como bom resultado.

É mais do que força de expressão. Sob o comando do ‘general’ Vagner Mancini, o Atlético se acostumou a levar um exército a campo. Ganhar a ‘guerra’ e conquistar uma vaga na Libertadores 2014, entretanto, significa lutar – e vencer – uma batalha por vez. E é isso que a equipe tenta repetir hoje, a partir das 18h30, contra o Vitória, na Vila Capanema.

A conotação bélica se encaixa à realidade rubro-negra. Desde a estreia de Mancini (17/7), o time se tornou muito mais competitivo. Se antes a tônica era de um conjunto ofensivo, mas que sofria demais com a artilharia adversária, hoje a equipe aprendeu que, em seu caso específico, uma base sólida é fundamental para o sucesso coletivo.

Confira os integrantes do ‘exército atleticano’

Sem estrelas no elenco, os jogadores brigam por cada centímetro do gramado – como o técnico já fez questão de elogiar diversas vezes. "Não tenho dúvida em afirmar que está todo mundo jogando junto, pensando junto, e isso torna o exército mais forte", ressalta Mancini, há 74 dias no cargo.

Uma das principais qualidades da armada formada pelo treinador paulista é a de raramente perder batalhas. Fo­ram apenas duas derrotas (Palmeiras e Cruzeiro) em 21 jogos no comando do clube – ambas vendidas muito caro.

Outro artifício que pesa a favor do Atlético é a condição física de seus combatentes. A pré-temporada de quatro meses trouxe resultados concretos e até por isso baixas são raríssimas no pelotão. Com o fôlego em dia, a vantagem física sobre os rivais, que no término da temporada vão ter disputado quase o dobro de partidas, acaba fazendo diferença.

Essa soma de fatores possibilitou ao Furacão alcançar – ao lado justamente do rival da rodada – cinco viradas no Nacional. O número demonstra que não existe combate perdido para o Atlético que "sua sangue e tem um exército em campo", como descreve Mancini.

Para chegar ao objetivo final, no entanto, os atleticanos não trabalham em apenas uma frente. Além do Brasileiro, competição na qual o time está posicionado estrategicamente dentro do G4 desde a 16.ª rodada, a Copa do Brasil é outro caminho para atingir o alvo em cheio. A uma vitória simples ou empate sem gol de uma inédita semifinal, o clube tentará derrubar o Inter no segundo confronto, programado para 23 de outubro.

Hoje, as forças estão voltadas para o duelo com o Vi­­tória, no Durival Britto. Sus­­penso, o lateral-direito e ‘sargento’ Léo dá lugar ao ‘soldado’ Jonas. O meia Paulo Baier, o coronel na hierarquia atleticana por causa de sua experiência e importância dentro e fora de campo, pode ser poupado. Caso não jogue, o ‘aspirante’ Zezinho e o ‘soldado’ Fran Mérida, concorrem à vaga para mais um embate de 90 minutos.

Para se garantir no G3, pos­to que assegura vaga na Libertadores mesmo que um time brasileiro conquiste a Sul-Americana, o Furacão precisa de mais 25 pontos (segundo o matemático Tristão Garcia, do Infobola). Se vencer todas na Vila, fica a um ponto do alvo.

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