Adversário
Ney se inspira no Atlético: "Estamos trabalhando para dar uma arrancada"
Eduardo Martins/A Tarde
A reação atleticana no Brasileiro saindo da vice-lanterna para o G4 em oito rodadas é inspiração para Ney Franco, técnico do Vitória, adversário do Furacão hoje, às 18h30, na Vila Capanema. De acordo com o treinador, que esteve na Baixada entre 2007 e 2008, ainda é possível se aproximar do G4. Antes do início da rodada, o clube baiano estava na nona posição, com 31 pontos.
"O Atlético vive um bom momento. Inclusive, é uma equipe que serve de referência para a gente. Estamos trabalhando para dar uma arrancada, ter uma sequência de vitórias. Nós já estamos com uma sequência de jogos somando pontos, então entendemos a dificuldade do jogo [em Curitiba], mas o objetivo é ir lá e pontuar", diz o treinador, que não descarta o empate como bom resultado.
É mais do que força de expressão. Sob o comando do general Vagner Mancini, o Atlético se acostumou a levar um exército a campo. Ganhar a guerra e conquistar uma vaga na Libertadores 2014, entretanto, significa lutar e vencer uma batalha por vez. E é isso que a equipe tenta repetir hoje, a partir das 18h30, contra o Vitória, na Vila Capanema.
A conotação bélica se encaixa à realidade rubro-negra. Desde a estreia de Mancini (17/7), o time se tornou muito mais competitivo. Se antes a tônica era de um conjunto ofensivo, mas que sofria demais com a artilharia adversária, hoje a equipe aprendeu que, em seu caso específico, uma base sólida é fundamental para o sucesso coletivo.
Confira os integrantes do exército atleticano
Sem estrelas no elenco, os jogadores brigam por cada centímetro do gramado como o técnico já fez questão de elogiar diversas vezes. "Não tenho dúvida em afirmar que está todo mundo jogando junto, pensando junto, e isso torna o exército mais forte", ressalta Mancini, há 74 dias no cargo.
Uma das principais qualidades da armada formada pelo treinador paulista é a de raramente perder batalhas. Foram apenas duas derrotas (Palmeiras e Cruzeiro) em 21 jogos no comando do clube ambas vendidas muito caro.
Outro artifício que pesa a favor do Atlético é a condição física de seus combatentes. A pré-temporada de quatro meses trouxe resultados concretos e até por isso baixas são raríssimas no pelotão. Com o fôlego em dia, a vantagem física sobre os rivais, que no término da temporada vão ter disputado quase o dobro de partidas, acaba fazendo diferença.
Essa soma de fatores possibilitou ao Furacão alcançar ao lado justamente do rival da rodada cinco viradas no Nacional. O número demonstra que não existe combate perdido para o Atlético que "sua sangue e tem um exército em campo", como descreve Mancini.
Para chegar ao objetivo final, no entanto, os atleticanos não trabalham em apenas uma frente. Além do Brasileiro, competição na qual o time está posicionado estrategicamente dentro do G4 desde a 16.ª rodada, a Copa do Brasil é outro caminho para atingir o alvo em cheio. A uma vitória simples ou empate sem gol de uma inédita semifinal, o clube tentará derrubar o Inter no segundo confronto, programado para 23 de outubro.
Hoje, as forças estão voltadas para o duelo com o Vitória, no Durival Britto. Suspenso, o lateral-direito e sargento Léo dá lugar ao soldado Jonas. O meia Paulo Baier, o coronel na hierarquia atleticana por causa de sua experiência e importância dentro e fora de campo, pode ser poupado. Caso não jogue, o aspirante Zezinho e o soldado Fran Mérida, concorrem à vaga para mais um embate de 90 minutos.
Para se garantir no G3, posto que assegura vaga na Libertadores mesmo que um time brasileiro conquiste a Sul-Americana, o Furacão precisa de mais 25 pontos (segundo o matemático Tristão Garcia, do Infobola). Se vencer todas na Vila, fica a um ponto do alvo.
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