Quase dois anos depois da briga campal entre torcedores de Atlético e Vasco na Arena Joinville, na última rodada do Brasileiro de 2013, os dois clubes, as torcidas organizadas Os Fanáticos e Força Jovem, além da CBF, respondem juntos a um processo de R$ 10 milhões movido pelo Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC).
A cobrança judicial serviria para reparar danos morais coletivos causados na fatídica tarde de 8 de dezembro. Neste domingo (13), às 16h, em partida da 25ª rodada do Brasileirão, no Rio de Janeiro, Atlético e Vasco se encontram pela segunda vez desde o episódio de violência em Santa Catarina.
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“É um valor estimado pelos danos coletivos morais. Não dizem respeito às cadeiras quebradas ou a qualquer bem patrimonial da Arena Joinville. É para recompor o prejuízo moral da cidade, que tem um conceito de organizada, de gente trabalhadora”, explica o promotor de Justiça Cristian Richard Stahelin Oliveira, titular da promotoria do consumidor.
“A verdade é que vieram agremiações de outros estados, torcidas organizadas, e promoveram um show de horrores aqui”, completa o promotor.
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Se o MP-SC vencer a ação civil pública que tramita desde dezembro do ano passado, Atlético, Vasco, CBF e as organizadas terão de destinar o valor ao Fundo para Reconstituição de Bens Lesados (FRBL), que tem como propósito custear perícias judiciais necessárias para comprar danos de ações coletivas do Ministério Público.
Como nem todos as partes foram citadas até o momento, o processo ainda deve demorar para ser julgado. A quantia pretendida pelo MP-SC também pode ser modificada.
“Isso quem vai fixar é o juiz, se entender que o caso é de condenação. Mas para mim é um caso clássico de dano moral coletivo. Houve falha, omissão, conduta culposa e falha em garantir segurança”, assegura Oliveira.
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