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Nathan tenta fazer valer a sequência como titular do Atlético | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Nathan tenta fazer valer a sequência como titular do Atlético| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Nathan é o novo piloto de testes da reformulada política de formação de jogadores do Atlético. O meia de 18 anos fará nesta quarta-feira (10), contra o Grêmio, às 19h30, em Porto Alegre, sua terceira partida consecutiva como titular. Sequência inédita para uma revelação que tenta repetir os passos de Marcos Guilherme e Douglas Coutinho, xodós da torcida, e não fazer companhia a Léo Pereira, ainda visto com reservas pelos mesmos torcedores.

A guinada no caminho entre base e profissional no Furacão foi dada no segundo semestre de 2012. Naquele momento, o clube decidiu extinguir o sub-20 (posteriormente retomado) e apostar em um time sub-23. O expressinho acabou escolhido para representar o Atlético no Paranaense. Uma maneira de testar em competição jogadores contratados e, principalmente, rodar os pratas casa.

Douglas Coutinho formou-se com louvor na primeira turma do sub-23. Revelação do Paranaense-2013, só não concluiu seu ingresso no time principal ainda no ano passado por causa de uma contusão. Terreno recuperado nesta temporada. É o artilheiro rubro-negro na Série A, com sete gols, e só não enfrenta o Grêmio porque está com a seleção sub-21 no Catar -- Dellatorre será o parceiro de Marcelo no ataque.

A segunda leva do sub-23 produziu uma fornada maior em 2014. Marcos Guilherme foi titular em todos os jogos do primeiro turno do Brasileiro e fez três gols. Otávio entrou em campo 15 vezes, mas perdeu a posição para João Paulo sem afetar seu crédito com a torcida. O mesmo não pode ser dito de Léo Pereira. O zagueiro de 18 anos acabou pagando pelo péssimo desempenho defensivo do time. O Atlético levou 19 gols nos 14 jogos com ele em campo.

Agora, é a vez de Nathan trilhar um dos dois caminhos. O meia teve sua arrancada no Atlético prejudicada pela complicada negociação para renovar seu contrato, que vence em abril de 2015. Embora nada tenha mudado, Nathan virou titular no jogo contra o América-RN (Bady não podia jogar a Copa do Brasil) e foi mantido contra o Palmeiras. A dose será repetida hoje,.

"O Atlético percebeu que precisa do Nathan como o Nathan precisa do Atlético. É um momento único da carreira dele. Havia uma ansiedade desde a Libertadores que, quando entrava, acabava cometendo alguns erros. Se tivesse ficado no time naquele momento, hoje estaria voando", diz José Carlos Souza, pai e procurador do meia que ainda tem números tímidos no Brasileiro.

Nathan fez cinco jogos no torneio (apenas um como titular). Tem uma assistência, uma finalização e nenhum gol. Reflexo da ansiedade descrita pelo pai do jogador, acentuada pela juventude do elenco. Reduzir o efeito da idade foi um dos motivos para o Atlético ter contratado Claudinei Oliveira.

"Tem erros que se cometem pela juventude, mas tem muitas virtudes por serem jovens. Aquela vontade, volúpia e ritmo. É importante ter jogadores querendo aprender, sem vícios", disse o treinador, ao site GloboEsporte.com.

É a dose exata dessa combinação que o Atlético procura encontrar em Nathan para voltar a vencer no Brasileiro. A última vitória foi na 14ª rodada, 2 a 0 sobre o Botafogo, na Arena.

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