Edigar Junio: passagem pelo sub-23| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Atleticanas

Reforço

O atacante Fernandão se desligou ontem do Palmeiras e confirmou o acerto com o Atlético. Ele chega na quinta-feira para realizar exames e, se for aprovado, poderá defender o Furacão na Série B do Brasileirão – como já atuou pelo Alviverde na Copa do Brasil, não poderá jogar a competição.

Perfil

Com 25 anos, Fernandão é jogador de referência na área. Chegou ao Palmeiras no Brasileiro do ano passado, mas não conseguiu se firmar com Felipão. Em 27 jogos, marcou 5 gols. A diretoria atleticana, porém, ainda não confirma a contratação.

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A criação da equipe sub-23 do Atlético no início desta temporada começa a dar os primeiros resultados. Planejada para ser um tentáculo do time principal, já contabiliza nove atletas que chegaram ao comando do técnico Juan Ramón Carrasco. Só no último domingo, contra o Paranavaí, três deles estrearam como profissionais – Cleberson, Diego Bairo e Taiberson.

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Inspirado nos times B da Espanha e nos reservas na Inglaterra, o sub-23 atleticano tem servido de oportunidade para que a transição entre as categorias de base e a equipe de cima seja realizada de forma natural. Auxilia também no caminho inverso, para atletas que não estejam rendendo o esperado possam recuperar a forma, seja física ou técnica – por lá passaram, por exemplo, Bruno Furlán e Edigar Junio.

O sub-23 do Furacão vai ao encontro do desejo da nova diretoria em abastecer a equipe principal com jogadores forjados no CT do Caju. "Temos em média de oito a nove jogadores por partida que jogam na equipe principal que são formados pelo clube. Na América Latina não existe nenhum clube assim. E, no mundo, tem o Bar­­celona e o Arsenal", comentou o diretor de futebol, Sandro Orlandelli, lembrando que em times como o sub-23 atleticano já despontaram Wayne Rooney e Cesc Fàbregas.

Essa filosofia, aliás, foi bem recebida pelo treinador Carrasco, que também gosta de usar jovens promessas. Ele tem sido um agente facilitador nesse processo e tem, segundo a diretoria, méritos em colocar garotos em campo.

Para o dirigente, o jogador precisa estar em atividade, vestir a camisa do time e com a pressão presente. A legislação e a cultura brasileiras não permitem que isso seja realizado na totalidade, já que times B não podem participar de competições oficiais e, ao mesmo tempo, ceder jogadores para a equipe principal e vice-versa. A saída tem sido realizar jogos-treinos – a diretoria promete minitorneios para os próximos meses e espera completar 45 jogos em 2012.

Mesmo assim, o Rubro-Negro aposta que está no caminho certo. "Não vamos esperar de ninguém que isso mude para fazermos futebol. Já temos uma noção do que pode ser o caminho menos errôneo para podermos potencializar os nossos talentos", adiantou Orlandelli.

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