Guilherme Schettine foi relacionado para enfrentar o Santos| Foto: /

Relacionado pelo Atlético para o jogo contra o Santos, neste sábado (1.º), às 16 horas, na Vila Belmiro, o atacante Guilherme Schettine ainda não acredita que está perto de estrear no time principal do Furacão.

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Depois de quase deixar o clube no ano passado após um imbróglio judicial parecido com o do meia Nathan, ele foi chamado pelo técnico Paulo Autuori para compor o grupo após uma única semana de treinamento, justamente antes de uma partida decisiva. Sem o atacante André Lima, machucado, o sexto colocado Rubro-Negro encara o Peixe, quatro na tabela de classificação. Apenas três pontos separam as equipes (45 a 42).

Fora dos planos no início da temporada, o jogador de 20 anos foi emprestado à Portuguesa. Na equipe paulista, onde mal entrou em campo (fez 12 jogos), chegou a dormir no chão por falta de cama. Também engordou cerca de 7 kg, resultado de uma dieta desregrada.

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“Foi um período complicado. Até agora não entendi por que não joguei. Os treinadores queriam me usar, mas eles me diziam que a não podiam colocar por causa da diretoria”, conta Guilherme, que foi comandado por Ricardinho, Anderson Beraldo e Jorginho na Lusa.

Afastado do time principal, o atacante conta que a Portuguesa parou de pagar o aluguel de seu apartamento. “Falei para minha esposa voltar para Curitiba. Fui morar no CT, mas tive de dormir quase um mês no chão porque não tinha mais cama quando voltei de uma folga. Me deram um colchão fininho e já era”, lembra.

Em julho, após sete meses na Lusa, ele finalmente rescindiu contrato com o time que viria ser rebaixado à Série D. Ao voltar para o CT do Caju, perdeu peso e agora pode fazer seu primeiro jogo no time principal. Ele chegou a jogar pelo sub-23, na época de Douglas Coutinho e Hernani.

“É outro tratamento. Só ver que perdi 7 kg em menos de um mês. Conversei com o pessoal do DIF e eles me deram uma chance para treinar com o grupo. Conversaram com o Paulo e falaram que era para dar a vida nos treinos porque ele dá oportunidade”, explica o brasiliense, que está no Atlético desde os 16 anos.

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No fim de 2014, porém, a relação ficou conturbada. Empresariado por Neco Cirne, agente do meia Paulo Baier, desafeto do presidente Mario Celso Petraglia, o avante recebeu proposta do Internacional – onde havia jogado como infantil – e decidiu não assinar uma extensão de contrato. O Furacão, então, entrou na Justiça para renovar o vínculo com uma liminar.

“Hoje está tudo certo. Conversei com meus pais e decidimos ficar. Foi feito um acordo e renovamos até 2018”, fala Guilherme, que espera uma chance para continuar a reviravolta na carreira.