Apresentado oficialmente pelo Atlético na tarde de sexta-feira (11), ao lado do presidente Luiz Sallim Emed, no CT do Caju, o técnico Paulo Autuori elogiou o projeto do clube, revelou que priorizará a utilização de atletas da base e garantiu que a obrigação da equipe é pensar em títulos em todas as competições em 2016.
Além disso, Autuori explicou que o interesse do Atlético em seu trabalho o fez adiar a ideia de abandonar a função à beira do campo para se tornar um gestor de futebol e assegurou estar preparado para a pressão por resultados. Confira os principais tópicos abordados pelo novo comandante rubro-negro.
Planos de abandonar a carreira de treinador e virar gestor de futebol
Essa chance reacendeu o brilho dos meus olhos, minha esperança em relação ao ofício de técnico no Brasil. Todos sabem que sou muito critico em relação ao que ocorre no futebol brasileiro em termos conjunturais. Eu realmente estava com minha agenda desviada de trabalhar como técnico. O que me seduziu não foram promessas, mas a convergência de ideias e pensamentos, a estrutura e a proposta metodológica.
Chance no Furacão é primeiro passo para se tornar gestor de futebol
É um passo nessa direção, vou trabalhar em uma metodologia única, que é o que tinha preconizado ao tentar migrar para outra função. Agradeço ao Atlético, este é um passo para no futuro próximo eu poder caminhar para isso.
Estava comentando com o presidente em nosso trajeto até aqui, que o profissional ou a pessoa que tem um porquê enfrenta qualquer como
Atlético pode completar em 2016 sete anos sem títulos
A metodologia do clube pode criar um diferencial em termos competitivos e técnicos para conquistar títulos. O que o clube oferece é fundamental para conseguir trabalhar com tranquilidade. O Atlético antes supriu suas necessidades em termos de estrutura e organização. Agora, a vontade é ganhar, ter vitórias que nos deem títulos.
Luta por conquistas
Um clube com essa grandiosidade, excelência nos aspectos estruturais, só pode pensar em títulos. Se seremos capazes e competentes, o dia a dia vai dizer. Mas temos de pensar desta maneira.
Alta rotatividade de treinadores no Furacão
Este é um desafio para o próprio clube, de ter uma continuidade. É um desejo, logicamente, para ser coerente com tudo aquilo que faz com excelência fora de campo. Tenho certeza de que, se formos competentes para fazer tudo o que foi proposto aqui, atingiremos coisas importantes.
Priorização da base e reforços
Ninguém é radical em situações como essa [reforços]. Agora, a essência do trabalho é de dar ênfase à formação, não acredito mais em um clube que tenha uma dicotomia em relação à equipe profissional e à base. O clube já faz isso e vou dar sequência porque é no que acredito.
Baixo rendimento do time em 2016
Não vi ainda nenhuma equipe decolar em início de temporada. Aquelas que começaram bem já tiveram alguma queda. É difícil. Ou porque se desestruturam ou por causa do grupo de jogadores ou porque ainda não encontraram sua maneira de interpretar o jogo.
Relação com o zagueiro Paulo André, um dos líderes do Bom Senso FC
Já estive com o Paulo em Brasília. Fiz questão de estar ligado ao movimento porque acho que deve envolver todos os setores do futebol, não só os jogadores. Logicamente, tudo tem de ser debatido. Mas o Paulo é um profissional de altíssimo nível, com o nível intelectual alto, que sabe exatamente a importância daquilo que tem de ser falado em termos de futebol brasileiro.
Herança do Cristóvão Borges
Qualquer coisa que consigamos daqui em diante teremos de nos reportar ao Cristóvão, olhar para o passado e olhar para o importante trabalho dele e o que deixou de bom aqui.
Conciliar conceitos de futebol com o imediatismo do futebol brasileiro
Tempo no Brasil ninguém pode pedir, é impossível. A pressão está vulgarizada no futebol, é latente. Temos de dar uma resposta positiva a isso. É uma situação natural do futebol, que acontece no mundo todo.
Padrão tático
Vamos seguir o padrão metodológico do clube, a questão é de ajustes, equilíbrios, capacidade de variação. Cada vez mais temos de falar menos em sistemas e mais em equilíbrio da equipe em função dos momentos e fazes do jogo.
Walter e André Lima juntos
O futebol tem muitos clichês e sou contra todos. Não vejo dificuldade alguma em dois centroavantes jogarem juntos. O importante é ser eficaz. Não vou fechar a porta para nada. Agora, se isso vai acontecer, e quando irá acontecer, não posso assegurar neste momento.
Baixada
Já trabalhei em três continentes, em cinco países diferentes, tenho andado mudo afora, e posso dizer que realmente é um estádio maravilhoso.
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