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Campeão ou vice, o Atlético é um grande vencedor em 2013. Montou uma equipe com orçamento muito realista para o cenário do futebol brasileiro e de alta relação custo-benefício, algo raro em nossos gramados. A excelente campanha no Campeonato Brasileiro e a classificação à final da Copa do Brasil não deixam dúvidas quanto ao sucesso do trabalho este ano.

É importante que o clube mantenha tudo o que vem construindo, mesmo que não conquiste uma vaga para a Libertadores. Os avanços são muitos e os resultados mostram-se promissores. A apaixonada torcida está fechada com o time, a nova Arena em breve estará pronta e a equipe, fazendo uma boa pré-temporada e com alguns reforços pontuais, tem tudo para repetir a boa campanha em 2014. A Arena da Baixada é o único da nova geração de estádios que não terá de compartilhar os resultados futuros com um parceiro, nem destinar grande parte da sua receita com pagamentos a financiadores, o que lhe confere importante vantagem competitiva.

Tudo o que o Atlético evitar é sentir-se derrotado e desmerecer todo o seu modelo de administração, marketing, gestão do futebol e filosofia de trabalho caso não ganhe a Copa do Brasil ou não se classifique à Libertadores via Brasileirão. A descontinuidade de bons projetos ante resultados negativos pontuais é um dos problemas do futebol nacional. Nem sempre é possível conquistar títulos em curto prazo com um modelo vencedor, pois o futebol, por mais que se defina na técnica e na qualidade, é um jogo passível de surpresas e, em alguns casos, resolvido nos detalhes.

O Atlético conseguiu sair da mesmice em 2013, a começar pela ousada decisão de disputar o Paranaense com o sub-23, fazendo bem-sucedida pré-temporada dos profissionais. Iniciativa inédita para um clube brasileiro, de certa forma uma prévia do Bom Senso FC.

Caso os objetivos maiores não sejam atingidos este ano no campo, que o clube siga inovando, saindo do lugar comum e mantendo o modelo de gestão responsável e eficaz que já se tornou referência. Como dito pelo seu presidente, se não puder ser o maior, tem de continuar buscando ser o melhor.

*Fernando Trevisan é pesquisador e consultor da Trevisan Gestão do Esporte e diretor da Trevisan Escola de Negócios

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