Após eliminar o colombiano Millonarios, o Atlético encara na terceira fase da Libertadores o Deportivo Capiatá, do Paraguai: oponente internacional na maior disputa do continente, mas com estrutura e realidade que remetem ao Campeonato Paranaense.
Panorama que cerca de imprevisibilidade o duelo de volta no país vizinho e amplia a importância de um bom resultado do time comandado por Paulo Autuori, nesta quarta-feira (15), às 21h45, na Arena da Baixada, no jogo de ida. Quem passar vai para a fase de grupos do torneio.
Ultimando detalles para el viaje de este martes a la ciudad de Curitiba Brasil para el juego ante @atleticopr https://t.co/oBiUQNtbkN pic.twitter.com/kCU7QuyAT5
— DCapiataPy-Oficial (@CDCapiata) 13 de fevereiro de 2017
Na primeira fase da Libertadores, o Capiatá superou o Deportivo Táchira, da Venezuela. Na fase seguinte, surpreendeu novamente a América do Sul ao reverter uma desvantagem histórica contra o Universitário, do Peru. Após derrota por 3 a 1 em casa, venceu por 3 a 0, fora.
Alçapão
Estádio acanhado com vestiários apertados, ambiente de pressão de cidade pequena e gramado pesado são desafios que aguardam o Furacão na quarta-feira que vem (22), em Capiatá, cidade com população de 228 mil — situada a cerca de 20 quilômetros de Assunção, capital do país.
Caçula
Fundado em 2008, o caçula azarão da Libertadores manda seus confrontos no Erico Galeano Segovia, estádio que leva o nome do presidente do clube e relembra as casas dos times do interior paranaense. Tem capacidade para 14.500 espectadores. As estruturas semiamadoras dos domínios auriazuis contrastam com a imponente modernidade da Baixada, com teto retrátil e gramado sintético, assim como as do CT do Caju.
Capiatá, el club que hace historia acompañado de su gente: https://t.co/7XJYymOBSq pic.twitter.com/Wvllrp9L9Q
— CONMEBOL.com (@CONMEBOL) 12 de fevereiro de 2017
Presidente, investidor e mecenas
As funções do presidente Erico Galeano Segovia (foto, à direita) extrapolam a simples gerência do Deportivo Capiatá: formado em contabilidade, ele também despeja aportes financeiros na jovem agremiação. Grande parte da atual infraestrutura da equipe se deve ao dinheiro do mandatário.
Antes de assumir a presidência, em 2016, Segovia foi vice-presidente do clube. Sempre, entretanto, mantendo a posição de homem-forte. Ele também é cidadão ilustre de Capiatá por ajudar no desenvolvimento do esporte na localidade, assim como por suas doações ao município: contribui em obras em escolas e chegou a doar uma ambulância para a prefeitura.
Discípulo de Muricy
O Capiatá é comandado pelo ex-volante Diego Gavilán (foto, à esquerda), paraguaio que atuou na seleção e em equipes como Internacional, Grêmio, Flamengo e Portuguesa, no Brasil. O novato técnico assumiu o Capiatá em agosto de 2016 e já declarou que tem como um dos principais mentores o brasileiro Muricy Ramalho.
Sonho na Bombonera
Após subir para a primeira divisão do Paraguai em 2013, o Deportivo Capiatá disputa sua primeira Libertadores. Antes, entretanto, viveu uma história de sonho na Sul-Americana de 2014. Nas oitavas de final, venceu o tradicional Boca Juniors na temida La Bombonera, por 1 a 0. Na partida de volta, porém, acabou derrotado em casa pelo mesmo placar e eliminado nos pênaltis.
Deixe sua opinião