Duas correntes de oposição do Atlético planejam unir forças para enfrentar o presidente Mario Celso Petraglia na eleição de dezembro.
A primeira delas se chama Movimento Atleticano e conta com a participação do ex-presidente José Carlos Farinhaki – mandatário rubro-negro de 1990 a 93, bancou a saída do Pinheirão e volta para o Joaquim Américo. A outra é liderada pelo advogado Henrique Gaede, que participou da composição da chapa derrotada por Petraglia nas últimas eleições do Furacão, em 2011.
“Estamos trabalhando para agregar força e conciliar essas correntes, o que está próximo de acontecer. Sempre tivemos visão crítica da atual administração. Muita gente espera por um posicionamento nosso, pois fizemos mais de 30% dos votos na última eleição. Temos um certo dividendo eleitoral e pessoas que acreditam nos propósitos que pregamos. Estamos mais maduros”, explica Gaede, cujo nome surge como um dos possíveis candidatos oposicionistas.
“Existe conversa para unirmos forças”, confirma Farinhaki. “Apoio uma mudança. O continuísmo não é bom e apoio uma oposição. Mas desde que não seja de baixo nível, com agressões e ofensas. Tem de haver um debate de qualidade amparado em propostas e projetos. Mas para isso precisa apresentar um candidato de qualidade. Existe esse nome, mas ainda não vamos revelar. O continuísmo torna as pessoas autoritárias e donas da verdade”, despista o ex-mandatário.
Em comum, Gaede e Farinhaki acreditam que a saída de Petraglia do cargo auxiliará o clube a retomar os diálogos que mantém com seus credores — dentre eles a Prefeitura de Curitiba e o Governo do Estado, com quem o Atlético briga na Justiça para dividir os custos da Arena.
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“Talvez a mudança de interlocutor ajude nesse sentido. Existe interesse de todas as partes em resolver esses problemas. Hoje temos dois Atléticos, o time que disputa a Série A e o clube que tem essa questão das dívidas. Precisamos integrar ambos”, argumenta Gaede. “A gente sabe que o Petraglia se indispõe muito fácil com as pessoas. Parto do princípio de que devemos buscar um acordo imediato nessa questão. E a mudança do presidente pode ajudar nisso”, corrobora Farinhaki. “O Petraglia tem seus valores e qualidades. Nunca diria que não fez coisas boas. Mas tudo na vida tem tempo e limite. E o do Petraglia está no fim”, complementa.
Para Gaede, o clube precisa de maior transparência e, o principal, voltar a ganhar títulos. Já Farinhaki aponta para a necessidade de reabertura com a imprensa e reaproximação com a torcida, com ingressos mais baratos e as cores vermelho e preto na Baixada. “Da forma como está, é muito poder na mão de uma pessoa só. O Petraglia deve seguir na Funcap e outro presidente com o restante do clube”, encerra o ex-cartola.
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