O técnico Vágner Mancini chega ao Atlético sexta-feira com uma missão complicada: tirar o time da zona de rebaixamento - atualmente, o Furacão é o vice-lanterna do Brasileirão, com apenas seis pontos. Abaixo, as cinco principais tarefas do substituto de Ricardo Drubscky para tirar o Atlético do buraco.
1) Arrumar a defesa
Organizar o setor é o principal desafio. O Atlético tem a pior defesa do Brasileiro, com 13 gols sofridos em seis partidas, o mesmo número de Vasco e Criciúma. Vazamento originado pelo sistema implantado por Ricardo Drubscky, com a defesa atuando avançada, próxima do meio de campo nove sofirdos se aproveitaram do setor "desprevenido". Dos nove zagueiros do elenco, só três já jogaram pelo time principal: Cleberson (contundido) e os atuais titulares Manoel e Luiz Alberto.
2) Conquistar a torcida
O torcedor atleticano já estava insatisfeito com o rendimento da equipe até a queda de Drubscky. Ficou ressabiado com a contratação de Mancini, após o diretor de futebol, Antônio Lopes, anunciar que o clube traria um técnico top. Em pesquisa no site Furacão.com, mais de 70% dos votantes reprovaram a contratação.
3) Apagar os insucessos recentes
O retrospecto recente de Mancini não é animador. De técnico promissor campeão com o Paulista de Jundiaí da Copa do Brasil em 2005 , o ex-jogador passou a colecionar fracassos. Em 2010, dirigiu o rebaixado Guarani no Brasileiro. Um ano depois, escapou por pouco da degola com o Cruzeiro. Em 2012, iniciou o Nacional com o Sport Recife e após sete jogos sem vitória foi demitido o Leão terminou na Segundona. Este ano, acabou dispensado do Náutico.
4) Encontrar um centroavante
Éderson é um dos artilheiros do Furacão no Brasileiro, com quatro gols, junto com William (Ponte Preta), Max (Vitória) e Fernandão (Bahia). Apesar do faro apurado, o baixinho não é jogador de área e sofreu com o posicionamento entre os zagueiros no empate com o Grêmio. Dos atacantes do elenco, Marcão, que não goza de prestígio com a galera, é o mais talhado para a função.
5) Controlar a boca
Mancini é uma espécie de ativista na profissão. Lidera um movimento que busca criar uma associação de treinadores, visando defender a categoria, que sofre com a falta de estabilidade nos clubes. Além disso, o novo comandante do Furacão não se esconde das polêmicas. Perfil perigoso no ambiente de controle rigoroso do CT do Caju.