| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Mesmo com a vitória diante do São Paulo neste domingo (18), por 1 a 0, o setor em que estava localizada a torcida organizada Os Fanáticos voltou a criticar Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, com diversos xingamentos antes, durante e depois do fim da partida contra o Tricolor paulista. A animosidade começou do lado de fora do estádio, o Atlético não liberou a entrada da Bateria sem TNT. A organizada optou por entrar no estádio sem mas sem os instrumentos, já que a diretoria atleticana proíbe o acesso de materiais alusivos às torcidas organizadas.

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Petraglia, em entrevista neste domingo (18) à Rádio CAP, voltou a bater de frente com a torcida organizada Os Fanáticos. O dirigente respondeu perguntas de torcedores e alguns abordaram a briga do clube com a facção.

“O Brasileiro é o campeonato mais difícil do mundo, mais disputado do mundo. Agora com que condições (pode brigar pelo título) se não temos as receitas de bilheteria que nós precisamos? Se não temos o número de sócios que precisamos? Se não temos receitas de televisão aos níveis que merecemos? Se não temos patrocínios aos mesmos níveis daqueles que tem grandes torcidas? Nossa torcida é extremamente regional e localizada em Curitiba e Região Metropolitana. Há uma exigência injusta e descabida. Claro que entendo e sei a paixão que move, que as pessoas ficam cegas porque querem e até entendo nos 90 minutos e depois dos 90 minutos quando se perder um jogo. Eu também sofro, também fico fora de mim, mas depois cai a ficha e nós sabemos e temos que entender qual a nossa realidade”, concluiu.

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Petraglia disse que o Setor Fan, local onde fica localizada a organizada, não terão as cadeiras tiradas novamente. “As cadeiras não serão retiradas do Setor Fan. A Arena recebe muitos eventos e shows, e custa mais de R$ 100 mil para tirar e colocar. Não faremos mais isso. Além disso, a torcida tem que se habituar com o estádio com cadeiras. É difícil e gostaríamos que não estivéssemos enfrentando esses problemas”, disse o dirigente.

“Sabemos através de pesquisas que famílias não estão vindo mais ao estádio com seus filhos pelo medo da violência. Ontem [sábado] mesmo, antes do término do jogo contra o Corinthians (contra o Palmeiras, no Itaquerão), as famílias com seus filhos, de setores extremamente separados, foram embora antes porque a organizada pretendia invadir os setores onde estava a diretoria para agredir todo mundo. Não se pode amar a instituição só porque está ganhando ou amar menos ou mais porque perdeu. Claro que ficamos chateados, queremos vencer, ser campeões, mas no futebol não tem essa segurança. Você vai ganhar ou perder, mas o amor pelo clube tem que ser incondicional”.